PUBLICADO EM 21 de maio de 2019
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“Não se flexibiliza segurança no trabalho”, afirma dirigente da UGT

O sindicalismo luta contra a flexibilização das Normas Regulamentadoras, um sonho antigo do empresariado. Diversas tentativas foram rechaçadas. Mas agora, com o reforço do governo, a discussão volta à pauta.

Foto: Agência Sindical

“Flexibilizar as Normas Regulamentadoras é brincar com a segurança e saúde dos trabalhadores. Por isso, sempre que esse assunto surge, nós procuramos combater”, diz Chiquinho Pereira, presidente do Sindicato dos Padeiros de São Paulo e Secretário de Organização e Políticas Sindicais da UGT.

De acordo com secretário-especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, a primeira a ser revista será a NR-12 – que trata da regulamentação de maquinário, abrangendo desde padarias até siderúrgicas. A previsão do governo é de que essa alteração seja entregue em junho.

“É um absurdo isso que o governo quer fazer. Voltamos às discussões de flexibilização das Normas Regulamentadoras. Principalmente a NR 12, que é a mais importante delas”, aponta Chiquinho.

Em entrevista à Agência Sindical, em março deste ano, o dirigente já alertava para as tentativas da CNI (Confederação Nacional da Indústria) em querer acabar com essas normas de segurança. “Não é possível que os empresários não tenham sensibilidade para entender a importância dessas NRs”, lamenta. Chiquinho continua: “Se alguém quiser saber o drama de um acidentado, tire algumas horas para visita-lo. É triste ver um chefe de família, que antes era o provedor da casa, impossibilitado de trabalhar”.

O líder dos Padeiros, uma das categorias mais atingidas por acidentes laborais, diz que as NRs são conquistas históricas dos trabalhadores. “Sem elas, nós teríamos muito mais acidentes”, afirma.

Mais informações: www.padeiros.org.br

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