PUBLICADO EM 23 de dez de 2020
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Jornalista dá direito de resposta à sindicalista sobre financiamento sindical

A carta foi publicada na íntegra no artigo da jornalista O futuro do atraso no dia 23/12/2020, no Estadão. Rosângela Bittar foi honesta e transparente ao publicar a resposta em sua própria coluna.

No artigo Depois da meia noite, publicado no Estadão e, 16/12/2020, a jornalista Rosângela Bittar afirmou que “O tempo do Congresso se divide em dois. No primeiro, os dois anos iniciais do mandato, procuram-se realizar os avanços e as reformas. No segundo biênio, o bom senso dá lugar ao vale-tudo da renovação dos mandatos”. Como exemplo deste vale-tudo ela citou um eventual retorno do que chamou de “imposto sindical”.

Em suas palavras: “Avanços políticos, alguns verdadeiramente civilizatórios, como foi a extinção do imposto sindical, voltam à mesa de negociação com cínica naturalidade. Celebrado no passado como novo sindicalismo, tal como Jair Bolsonaro foi celebrado como nova política, o malfadado imposto foi reprovado com amplo apoio popular. Para os que dele viviam, os chamados pelegos, a extinção teria sido a razão do enfraquecimento dos sindicatos. Raciocínio que é uma impostura. Sem ele, os sindicatos ganharam autenticidade. Ao associar-se ao projeto, a esquerda atinge o trabalhador em uma de suas mais difíceis conquistas”.

Mas há uma confusão sobre a contribuição sindical e o papel dos sindicatos. E isso foi esclarecido na carta do secretário geral da Força Sindical, João Carlos Juruna, encaminhada à jornalista. Juruna disse:

“Li seu artigo cujo título é Depois da meia-noite. Queria lhe informar que o movimento sindical não está pedindo a volta do imposto sindical, aquele que cada trabalhador pagava um dia de salário anual. Pagava porque o não associado também é beneficiado pelos acordos e convenções coletivas. O que o movimento sindical quer, e isso está parado na Câmara dos Deputados, é a regulamentação de legislação que deixe claro se o sindicato vai também trabalhar para não sócios sem receber nada. A cada convenção coletiva que o sindicato faz, precisa fazer um Termo de Ajuste de Conduta, com o Ministério Público do Trabalho, para poder cobrar de quem não é sócio, pelos benefícios das convenções coletivas estendidas a ele”.

A carta foi publicada na íntegra no artigo da jornalista O futuro do atraso no dia 23/12/2020, no Estadão. Rosângela Bittar foi honesta e transparente ao publicar a resposta em sua própria coluna.

Fonte: Com o Estado de São Paulo

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  • Mauro Ramos

    Parabéns ao sindicalista pela posição clara e objetiva, rm relação a questão do suporte aos sindicato, pago pelos trabalhadores revertido em seus benefício na luta entre o capital e o trabalho. Saúdo, também, a jornalista Rosângela Bittar por respeitar o direito de resposta do sindicalista

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