PUBLICADO EM 07 de nov de 2023
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Greve dos rodoviários do DF começa com 100% de adesão da categoria

Greve dos rodoviários do DF paralisa ônibus: Acordo Coletivo de Trabalho em discussão. Reajuste salarial, tíquete alimentação e cesta básica

Greve dos rodoviários do DF começa com 100% de adesão da categoria

Greve dos rodoviários do DF começa com 100% de adesão da categoria

Como aprovado em assembleia no último domingo (5), nenhum ônibus saiu dos terminais na manhã desta segunda-feira (6).

Em greve, as rodoviárias e os rodoviários do DF reivindicam a manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho ─ vencido desde 1º de agosto ─, reajuste salarial acima da inflação e condições de trabalho dignas.

As empresas de ônibus da capital federal chegaram a apresentar uma proposta que prevê:

  • reajuste de 5,33% nos salários, no plano de saúde e no plano odontológico,
  • 8% no tíquete alimentação e
  • 10% na cesta básica.

No entanto, a categoria considerou que os índices apresentados não foram satisfatórios.

Descaso com transporte público

Os patrões alegam que, sem o aporte do Governo do Distrito Federal (GDF), não conseguem atender às reinvindicações dos trabalhadores.

Porém, no início deste mês, a base do governo na Câmara Legislativa do DF (CLDF) aprovou a liberação de novo repasse de R$ 142,9 milhões às empresas.

Só este ano, foram repassados mais de 2 bilhões.

Enquanto isso, a população do DF convive diariamente com um sistema de transporte público sucateado e precário.

Seja o terrestre ou o metroviário, a realidade é a mesma: falta investimento do poder público.

Para quem mora em regiões mais afastas do centro da capital federal e depende exclusivamente do serviço público para se deslocar, o transtorno é ainda pior.

Além de ônibus completamente lotados e sem manutenção, o usuário lida também com o preço das passagens nas alturas. Brasília está entre as capitais com as tarifas mais caras do Brasil.

“É claro o descaso do governo Ibaneis com o transporte público no DF. Enquanto as empresas recebem milhões em repasse, as rodoviárias e os rodoviários precisam entrar em greve por reajustes dignos, e a população vive em meio a um caos”, disse o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues.

“Esperamos que tudo seja resolvido o quanto antes e o transporte possa voltar à normalidade. Mas, para além dessas questões, é preciso discutir também outros temas como segurança, garantia do emprego da categoria, qualidade dos ônibus em circulação e mais clareza sobre os custos do transporte para o GDF”, completou.

Nova assembleia

Nesta segunda (6), as rodoviárias e os rodoviários realizam nova assembleia para avaliar o movimento paredista. O encontro acontece a partir das 14h, no estacionamento do Conic.

informações da CUT-DF

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