PUBLICADO EM 25 de nov de 2020
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Força Sindical relaciona tragédia em Taguaí à política de descaso com trabalhadores

E este gravíssimo problema, problema fatal, está inserido em um quadro geral nefasto que é o da reforma trabalhista, da flexibilização das Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança e do fim do Ministério do Trabalho

A Força Sindical, central à qual o sindicato dos trabalhadores Têxteis da cidade de Fartura e Região, abrangendo também Taguaí, é filiado, se pronunciou em nota sobre a trágica colisão  entre um ônibus e uma carreta que matou 41 trabalhadores na Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, em Taguaí (SP) nesta quarta-feira (25).

A central questiona se a tragédia foi mesmo um acidente ou se foi fruto de uma política maior, configurada pela “reforma trabalhista, pela flexibilização das Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança e pelo fim do Ministério do Trabalho, que era o principal responsável pela fiscalização nos locais de trabalho”.

Eles também se solidarizam com as vítimas e exigem apurações.

Leia aqui a nota

Nota da Força Sindical

41 trabalhadores mortos em Taguaí: foi acidente?

Iniciamos esta quarta-feira (25) chocados com a tragédia que matou 41 trabalhadores da indústria têxtil Stattus Jeans, ocorrida por volta das 6h30, no km 172 da Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, em Taguaí (SP).

O ônibus que transportava cerca de 50 trabalhadores e invadiu a pista contrária chocando-se com uma carreta de esterco, acumula 11 multas e estava com IPVA, licenciamento e DPVAT atrasados, segundo informou o G1. Mais do que isso, o veículo pertence a uma empresa clandestina, que não tem registro junto à Artesp nem à Agência Nacional de Transportes Terrestres.

Frente a tais informações, nos perguntamos: foi acidente?

É revoltante constatar que a morte de 41 pessoas, 41 trabalhadores, é resultado, mais uma vez da negligencia de empresas e do poder público. Negligencia que se manifesta aqui na falta de condições adequadas e seguras para o transporte dos funcionários.

E este gravíssimo problema, problema fatal, está inserido em um quadro geral nefasto que é o da reforma trabalhista, da flexibilização das Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança e do fim do Ministério do Trabalho, que era o principal responsável pela fiscalização nos locais de trabalho. Um quadro de profundo descaso com o povo brasileiro.

Os trabalhadores da Stattus Jeans pertencem à base do Sindicato dos Têxteis da cidade de Fartura e Região, filiados à Força Sindical. São nossos representados.

Nos solidarizamos, nos colocamos à postos para atendê-los, bem como conclamamos à população local que se solidarize de todas as formas possíveis, como com a doação de sangue, e exigimos a devida apuração dos fatos.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical

ENVIE SEUS COMENTÁRIOS

  • Rita De c v gava

    Falta fiscalização e valorização do trabalhador .
    Muito triste

  • Reginaldo Souza Arantes diretor Fetincccovest

    Excluindo- se a parte da matéria que não distingue categoria textil e categoria vestuário, nas teses levantadas pactuo em gênero, numero e, grau. O SINDICATO filiado e do setor vestuário (confecções de roupas)

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