PUBLICADO EM 05 de ago de 2019
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Época atual é a que tem mais escravos, diz historiador

A escravidão é antiga e persistente. Martim Afonso de Souza chegou ao Brasil em 1532, como primeiro governador-geral. Instalou-se no Litoral Paulista, próximo a São Vicente. A localidade já era conhecida como “porto dos escravos”.

Bangladesh: o trabalho forçado cresceu quando as grifes passaram a terceirizar a produção – Foto: Arquivo

Não surpreende, portanto, que as diversas formas de escravidão persistam. O historiador José Luiz Del Roio (ex-senador na Itália e deputado no Parlamento Europeu) afirma: “A época atual é a que tem maior número de escravos; escravidão muitas vezes é camuflada”.

Ele acompanhou missões da ONU a países da África e Ásia. Del Roio comenta: “Em vários países, como Bangladesh, quase todo o trabalho é análogo à escravidão. Muitas fábricas foram deslocadas de países ricos para poder explorar ao máximo a mão de obra. Muitas dessas empresas fabricam para marcas famosas e caras no Ocidente”.

Comparação – O historiador aponta que, por volta de 1830, os negócios escravistas atingiram seu ápice. “Ocorre, ele compara, que a população mundial era de 1,2 bilhões de habitantes. E hoje supera sete bilhões”. As ondas migratórias estimulam a prática da escravidão. José Luiz Del Roio completa: “Também devemos considerar a redução do Estado, o chamado Estado mínimo, que desarticula formas de fiscalização e combate. Afinal, o Estado é mínimo só pra quem mais precisa dele”.

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