Participam da roda, Natália Gonçalves, presidenta da União Brasileira de Mulheres da Bahia (UBM-BA) e Petilda Vazquez, graduada em História pela Universidade Federal da Bahia e especialista em relações de trabalho, gênero, saúde e assédio moral.
Para a CTB Bahia, “é muito oportuno essa conversa por causa das eleições que ocorrem em 7 de outubro e as mulheres vêm se posicionando com firmeza contra candidatos que atacam os direitos de igualdade de gênero”, diz Marilene Betros, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB Bahia e de Políticas Educacionais da CTB nacional.
Marilene ressalta ainda o crescimento da violência contra a mulher. De acordo com o Atlas da Violência 2018, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceira com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, em dez anos o femincídio cresceu 70,3% na Bahia.
Em 2006, eram 3,3 mulheres assassinadas a cada 100 mil habitantes e em 2016 esse índice passou para 5,7%. Em números absolutos, foram 243 feminicídios em 2006 e 441 em 2016, uma variação de 81,5%.
“A luta das mulheres pela cultura da paz se faz presente todos os dias em todas as ações”, reforça Marilene. Para mudar essa história, “precisamos de mais mulheres na política e com poder de decisão no setor público e privado”.
A sindicalista baiana lembra que cresce no movimento feminista a repulsa à candidatura do representante da extrema-direita Jair Bolsonaro, do PSL, que ataca os direitos de igualdade de gênero.
“Não vamos sossegar um minuto sequer para barrar esse candidato nas urnas e tirá-lo do segundo turno”, acentua. “Precisamos eleger pessoas comprometidas com o desenvolvimento nacional soberano e com a luta das mulheres por igualdade de direitos”.
Fonte – Portal CTB