PUBLICADO EM 01 de dez de 2022
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Desgoverno federal corta mais verbas da educação pública por mera vingança

Em fim de mandato, o primeiro presidente não reeleito após a instauração da reeleição no país em 1997, Jair Bolsonaro faz pirraça com a educação pública.

Como se já não bastassem os desastrosos quatro anos que se findam no dia 31 de dezembro, com intensos cortes no orçamento do Ministério da Educação (MEC), além de suspeita de corrupção envolvendo ministros e pastores ligados ao desgoverno.

Por mera vingança, em junho Bolsonaro cortou R$ 1,6 bilhão do MEC, sendo R$ 438 milhões das universidades e institutos federais. Escolhidas por ele para atacar profissionais da educação e estudantes, sem pensar no futuro do país.

Agora a um mês de encerrar o seu desgoverno trágico em todas as áreas, mas inconcebível para a educação, o candidato derrotado no dia 30 de outubro, age como menino mimado e por vingança bloqueou R$ 328,5 milhões para as universidades e institutos, ainda em outubro. Essa verba foi liberada posteriormente.

E nesta terça-feira (29), foram bloqueados R$ 366 milhões sem previsão para liberação, inviabilizando até a possibilidade de respeito à folha de pagamento de funcionários das universidades e institutos federais.

Desde o início de seu mandato, o ainda presidente se colocou como a inimigo número um da educação pública e, principalmente das professoras e professores. Sempre contra os livros, os estudos, a ciência, a cultura e o conhecimento, o desgoverno sufoca as universidades federais como um menino mimado, que perdeu o jogo.

A serviço de um projeto privatista e autoritário para favorecer os grandes grupos empresariais do setor, o desgoverno prejudica a maioria da população que depende do serviço público para os estudos de suas filhas e filhos.

Com isso, as escolas em todos os níveis não reúnem as condições adequadas para crianças e jovens estudarem e não oferecem condições estruturais de qualidade para a atuação profissional.

Perdem todas as pessoas. Os estudantes que precisam da escola pública, os profissionais que se frustram com as péssimas condições salariais e de trabalho, a sociedade que fica sem o atendimento necessário para crianças e jovens e o país que fica sem futuro.

Felizmente a resistência dos profissionais da educação e dos estudantes mantém a luta incessante por uma educação pública de qualidade e o presidente Lula que toma posse em 1º de janeiro promete investir na educação pública como um país sério faz para avançar em seu processo civilizacional e para progredir com justiça social e combate às desigualdades.

Portanto, investir em educação pública é essencial para o futuro do país e do povo brasileiro. Essa luta é de toda a sociedade. Vamos arregaçar as mangas.

Professora Francisca é diretora da Secretaria de Assuntos Educacionais e Culturais da Apeoesp – Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, da Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE), secretária de Finanças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e diretora da CTB-SP.

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