PUBLICADO EM 29 de jul de 2022
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Brasil registra primeira morte por varíola dos macacos

Vítima se trata de um paciente do sexo masculino, que estava com imunidade baixa e possuía comorbidades que levaram ao agravamento do quadro

Foto: iStock

O Brasil registrou a primeira morte por varíola dos macacos, confirmou o Ministério da Saúde nesta sexta-feira, 29, ao Terra. Em nota, a pasta informou que a vítima se trata de um paciente do sexo masculino, com 41 anos, que estava com imunidade baixa e possuía comorbidades que levaram ao agravamento do quadro, incluindo um câncer.

“Ficou hospitalizado em hospital público em Belo Horizonte (MG), sendo depois direcionado ao CTI. A causa de óbito foi choque séptico, agravada pelo Monkeypox”, diz a nota.

Ainda nesta sexta, a Prefeitura de São Paulo confirmou o registro de três casos de varíola dos macacos em crianças no município. São as primeiras notificações no público infantil. Conforme informou a Secretaria Municipal da Saúde, todas estão em monitoramento, sem sinais de agravamento.

No último sábado, 23, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou que a doença é uma emergência de saúde pública, de caráter global. A entidade levou em consideração o cenário “extraordinário” da doença, que já chegou a mais de 70 países.

Em uma semana, o Brasil registrou um crescimento de 65% nas notificações de varíola dos macacos. Na quarta-feira, 27, os registros chegaram a 978 casos confirmados, conforme dados do Ministério da Saúde. Há uma semana, eram 592. São Paulo é o Estado com mais registros (744), seguido do Rio (117) e de Minas Gerais (44).

Surgimento dos casos de varíola dos macacos
O primeiro caso europeu foi confirmado em 7 de maio em um indivíduo que retornou à Inglaterra da Nigéria, onde a varíola dos macacos é endêmica. Desde então, países da Europa e da Ásia, assim como Estados Unidos, Canadá e Brasil, confirmaram casos.

Como a varíola dos macacos é transmitida
Identificada pela primeira vez em macacos, a doença viral geralmente se espalha por contato próximo e ocorre principalmente na África Ocidental e Central. Raramente se espalhou para outros lugares, então essa nova onda de casos fora do continente causa preocupação. Existem duas cepas principais: a cepa do Congo, que é mais grave, com até 10% de mortalidade, e a cepa da África Ocidental, que tem uma taxa de mortalidade de cerca de 1%.

O vírus pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, bem como através de objetos compartilhados, como roupas de cama e toalhas. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias.

Quais os sintomas da varíola dos macacos
Os sintomas se assemelham, em menor grau, aos observados no passado em indivíduos com varíola: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas durante os primeiros cinco dias. Erupções cutâneas (na face, palmas das mãos, solas dos pés), lesões, pústulas e, ao final, crostas. Segundo a OMS, os sintomas da doença duram de 14 a 21 dias.

Como prevenir a varíola dos macacos
Segundo o Instituto Butantan, entre as medidas de proteção, autoridades orientam que viajantes e residentes de países endêmicos evitem o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e primatas) e devem se abster de comer ou manusear caça selvagem.

Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel são importantes ferramentas para evitar a exposição ao vírus, além do contato com pessoas infectadas.

A OMS afirma trabalhar em estreita colaboração com países onde foram relatados casos da doença viral.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Fonte: Redação Terra

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