PUBLICADO EM 01 de fev de 2022
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São Vicente: sem salários e benefícios, trabalhador paralisa ônibus

Na foto, garagem da Otrantur, na Rua Frei Gaspar, 2.833, bairro Cidade Náutica

Sem receber salários, vale-refeição e outros direitos, os motoristas e demais empregados da empresa Otrantur, que opera o transporte coletivo de São Vicente, voltaram à greve suspensa em 21 de janeiro.

A paralisação se dá com base em liminar concedida no dia 19 pela desembargadora Mariângela Argento Muraro, que determina a circulação de 100% da frota nos horários de pico e de 60% nos demais períodos.

Os horários de pico são entre 6 e 9 da manhã e das 16 às 19 horas. A liminar não está sendo cumprida totalmente não por culpa dos trabalhadores ou do sindicato, mas sim da empresa.

Carros insuficientes

A Otrantur não tem carros suficientes para cumprir o contrato com a prefeitura. Dos 47 veículos que deveriam estar em circulação, apenas 43 saíram da garagem.

Os trabalhadores apuram que as locadoras de veículos também não receberam pelos aluguéis e paralisaram o fornecimento por algumas horas, na manhã de segunda-feira.

Os salários, o vale-refeição e a cesta-básica venceram na segunda-feira (31). A empresa deve ainda o vale-refeição de férias por assiduidade e a ‘plr’ (participação nos lucros ou resultados).

A prefeitura subsidiou parte dos serviços, em valor desconhecido pelo sindicato, mas a empresa, segundo os trabalhadores, não consegue ou não quer investir enquanto a subvenção não for reajustada.

Trabalhador não acredita na empresa

Em reunião na segunda-feira com o sindicato e a comissão de trabalhadores, a Otrantur garantiu que pagaria os salários e benefícios até o final do dia, mas isso não foi feito.

Na reunião, a empresa propôs pagar, em seis vezes, a partir de 25 de fevereiro, o vale de férias por assiduidade e a ‘plr’, ambos de 2021, e as horas extras dos últimos seis meses. Mas os trabalhadores não acreditaram.

O sindicato aguarda o julgamento do dissídio coletivo pelo Tribunal Regional do Trabalho. No dia 21, os trabalhadores aceitaram a ‘cláusula de paz’ do juiz Gabriel Lopes Coutinho Filho, em audiência de conciliação.

A reunião envolveu a empresa, o sindicato e a prefeitura. Por sugestão do juiz, ficou mantido o ‘estado de greve’. O sindicato aguarda sua nova manifestação no processo.

Fonte: Sindicato

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