PUBLICADO EM 08 de fev de 2023
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Ministro defende revisão de concessões de registros sindicais

Luiz Marinho também cita intenção de aumentar salário mínimo

Ministro do Trabalho, Luiz Marinho/Foto Marcelo Camargo

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou a importância da revisão das concessões de registros sindicais. “Tem muitas denúncias de fraudes em processos, cometidos especialmente no último ano. Nós precisamos ter um tempo para olhar, reestruturar o setor e chamar atenção dos sindicatos de que é preciso trabalhar um processo de fortalecimento do papel dos sindicatos e interromper o processo de pulverização das entidades sindicais no Brasil”, disse o ministro, em entrevista aos veículos da Empresa Brasil de Comunicação.

O Ministério do Trabalho e Emprego suspendeu por 90 dias as decisões referentes aos processos de requerimento de registro sindical. Por esses requerimentos é que são criadas novas entidades sindicais no país – no caso, sindicatos, federações e confederações.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical/Foto: Jaelcio Santana

Torres defende auto regulação

O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, concorda com a posição do ministro do Trabalho e entende que o debate sobre a estrutura sindical deve ser feito pelo movimento sindical em busca de uma auto regulação. Afirmou que “Está na mão do movimento sindical. Temos a obrigação de fazer essa atualização do sistema sindical, o debate para decidirmos que tipo de estrutura queremos, através de uma auto regulação. A unidade das centrais sindicais pode garantir uma solução unitária.”

Salário mínimo
O ministro também afirmou que até o dia primeiro de maio o governo deve apresentar uma nova proposta de valorização do salário mínimo e que um novo reajuste ainda neste ano vai depender de espaço fiscal no orçamento.

“Vamos também discutir juntos se há espaço fiscal para garantir um ganho real ainda esse ano além do que está estabelecido, R$1.302, tem inflação mais 1,41% de ganho real, mas vamos verificar se há possibilidade de elevar esse valor a partir de primeiro de maio”.

A discussão no governo é se o salário mínimo pode aumentar dos atuais R$1.302 para R$1.320 reais.

Trabalhadores de aplicativos
Marinho ainda comentou sobre a regulamentação dos trabalhadores de aplicativo e descartou que o tema possa colocar em risco a permanência das empresas no Brasil.

Segundo Luiz Marinho, até o final do primeiro semestre o governo espera concluir regulamentação para os trabalhadores de aplicativos que permita proteção social e coloque limites para as jornadas de trabalho.

“Essas empresas anunciaram que deixariam a Espanha, caso isso acontecesse [regulamentação da categoria]. Sabe quanto isso durou? Em 72 horas elas voltaram. Estão lá, enquadradinhas, direitinho. Continuam explorando o trabalho, prestando serviço, é verdade. Mas explorando um pouco menos do que explorava esse conjunto de trabalhadores. E assim também será no Brasil.

 

Fonte: Rádio Nacional

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