Por Val Gomes
Uma das histórias é que o genial João Gilberto (1931-2019), já com uma carreira musical em andamento, se isolou na Bahia durante um tempo para inventar definitivamente a batida revolucionária do violão Bossa-Nova.
Um ritmo síntese que com as vozes, harmonias, melodias e palavras do próprio João, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, e de toda uma nova e brilhante geração de músicos brasileiros, conquistou os Estados Unidos, influenciando até hoje músicos, cantores e cantoras de lá, tanto do jazz quanto do pop, e, a partir das Américas, o mundo todo.
Bob Dylan, ao responder certa vez que estava cantando melhor, citou que sim, mas “não ainda como um João Gilberto”.
Para ler sobre Bossa-Nova e João Gilberto há teses e pesquisas acadêmicas, inúmeros depoimentos, reportagens e entrevistas (creio que os textos com Caetano Veloso sejam os mais elucidativos) e publicações importantes como Chega de Saudade de Ruy Castro, o Balanço da Bossa de Augusto de Campos, O Cancionista de Luiz Tatit e Bim Bom de Walter Garcia, entre outros.
Para além das questões menores que envolveram as exigentes apresentações de João Gilberto e as fofocas de mídia, temos na sua discografia um universo de cultura, música e poesia que para sempre merece ser celebrado, com muito prazer de se ouvir.
São 11 discos de estúdio e 9 ao vivo, conforme diz o jornal O Globo. E Chega de Saudade!
https://youtu.be/eWXGsgI-QGk