PUBLICADO EM 23 de maio de 2019
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Interior do Ceará terá 10 marchas contra reforma da Previdência de Bolsonaro

A Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal no Estado do Ceará (Fetamce), em parceria com os sindicatos filiados em suas sub-representações estaduais, realizará, entre o fim de maio e o início de junho, 10 edições regionais da X Marcha dos Servidores Municipais do Ceará, que, neste ano, têm como tema principal o combate à Reforma da Previdência (PEC Nº 06/2019) do Governo Bolsonaro.

De acordo com Enedina Soares, presidente da Federação, as marchas irão denunciar que as mudanças na Seguridade Social propostas pelo governante mais conservador e anti-povo da história do país são perversamente injustas. “A reforma irá destruir direitos, agudizar a desigualdade social, agravar a pobreza e a miséria, reduzir o rendimento dos mais pobres e impulsionador as mais perversas formas de exploração da classe trabalhadora”, avalia a dirigente.

As passeatas carregam o slogan “Marcha contra a destruição da Previdência” e destacam que a reforma seria “um duro golpe de foice” na aposentadoria e nos direitos duramente conquistados pelos brasileiros na Constituição de 1988, após anos de autoritarismo e ausência de direitos políticos e sociais.

Orçamento Público e Cortes na Educação

Outras pautas do movimento são o combate à proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de desvincular as receitas e despesas obrigatórias do Orçamento Federal, e a cobrança pelo reestabelecimento dos recursos cortados do orçamento da Educação.

No caso da desvinculação, o governo quer modificar a Constituição para não mais cumprir os percentuais mínimos obrigatórios de investimentos em saúde e em educação. Se a medida for apresentada e aprovada, significaria acabar com a obrigação de estados e municípios, e do próprio ente federal, de garantir o funcionamento dessas áreas. Isso poderia levar ao fim da educação e da saúde públicas no Brasil.

Já no caso dos cortes efetuados em todo o sistema educacional, da educação básica ao ensino superior, será cobrado o retorno dos R$ 7,3 bilhões das receitas das universidades, das bolsas de mestrado e doutorado e dos investimentos no ensino infantil, fundamental e médio congelados pela presidência do país. Inclusive, em alguns municípios, as marchas regionais coincidem com os novos atos em defesa da educação convocados pelas entidades estudantis.

Para dar um basta no autoritarismo

Os atos pretendem ainda levar para as ruas um grito de basta contra o autoritarismo do atual governante, colocando em evidência outras questões que afetam toda a classe trabalhadora e a população brasileira, como os ataques desferidos contra a organização sindical, o incentivo ao armamento pessoal e à violência, o estímulo à impunidade contra o extermínio de jovens negros cometido por forças policiais, o avanço sobre terras indígenas e a degradação do meio ambiente efetuados pelo agronegócio, o fim do Ministério do Trabalho, a mudança na política de valorização do salário mínimo e o agravamento da miséria e do desemprego no país.

Fonte: cut – 23/05/2019

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