PUBLICADO EM 02 de set de 2022
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Direção dos Correios recua e trabalhadores conquistam 10,12% de reajuste salarial

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

A direção dos Correios recuou e aceitou pagar reajuste salarial de 100% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 10,12%, aos trabalhadores e trabalhadoras dos Correios.

O percentual, que se refere à inflação do período de 31 de julho de 2021 a 1º de agosto deste ano, também será aplicado nos reajustes do tíquete refeição e gratificações, entre outros benefícios.

A empresa oferecia apenas 90% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 9,62%, e não aceitava mais nenhuma das reivindicações dos trabalhadores. Com a proposta construída pelos trabalhadores levada à direção dos Correios, coube ao ministro Ives Gandra Martins do Tribunal Superior do Trabalho (TST), fazer a mediação e as partes chegaram a um acordo, nesta quarta-feira (31/8).

Após a mediação, a categoria fez assembleias em todo o território nacional e os trabalhadores aceitaram a proposta encerrando a preparação da greve nacional que se iniciaria nesta quinta-feira (1º), segundo Emerson Marinho, secretário de Comunicação da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).

A Fentect credita essa vitória à capacidade de mobilização e organização da categoria que pressionou a empresa a aceitar a proposta diante de uma grande greve nacional sendo construída, a partir deste dia 1º- Emerson Marinho

Outros benefícios conquistados pelos trabalhadores

Além dos 100% do INPC, a categoria conseguiu a volta do pagamento do tíquete refeição durante as férias e a liberação, com ônus a ser pago pela empresa, dos dirigentes sindicais para que eles possam ter mais tempo e melhores condições de atuar em prol dos trabalhadores dos Correios.

Outra vitória foi o pagamento da Participação dos Lucros e Resultados (PLR), que a direção dos Correios também se negava a efetuar. Emerson Marinho destaca que já no ano passado a empresa não deu o PLR e, neste ano, queria impor condições prejudiciais aos trabalhadores para efetuar o pagamento.

“Nós garantimos que 50% do PLR serão pagos e a distribuição dos outros 50% dependerá do desempenho operacional e assiduidade, dentre outros critérios já aprovados pelo colegiado do ECT que ainda não sabemos exatamente quais são”, diz Marinho.

Fonte: CUT

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