PUBLICADO EM 17 de mar de 2021
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O retorno de Lula

Não é um homem sozinho que muda a história, promove avanços ou produz retrocessos numa Nação. Isso é obra coletiva. Mas há homens capazes de aglutinar amplas forças, empunhar bandeiras cívicas, vocalizar o sentimento da
população e provocar transformações.

Não é um homem sozinho que muda a história, promove avanços ou produz retrocessos numa Nação. Isso é obra coletiva. Mas há homens capazes de aglutinar amplas forças, empunhar bandeiras cívicas, vocalizar o sentimento da
população e provocar transformações.

O Brasil já teve muitos líderes desse porte, em diversos momentos. Na história moderna, destaco Getúlio, Juscelino, Jango, Brizola e mais recentemente o presidente Lula.

Nunca tive grandes afinidades com o PT, mas várias vezes votei em Lula. Quando olhamos pro ex-metalúrgico enxergamos ali um sobrevivente da miséria, um operário, um líder sindical, um homem que fundou há 41 anos o maior partido brasileiro e o sindicalista que ajudou a formar a maior Central do País.

Esse mesmo homem foi deputado Constituinte Nota 10, elegeu-se presidente da República por dois mandatos e fez sua sucessora em dois pleitos. Sinceramente, sua folha de realizações é impressionante.

Dia 8 de março, o Supremo decidiu pela incompetência do Tribunal de Curitiba na condenação que levou Lula à prisão. Um dia depois, ele foi ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e lá fez um pronunciamento firme, lúcido e
oportuno para o momento nacional, que é de forte recessão econômica e gravíssima crise sanitária.

Lula não antecipou o calendário eleitoral de 2022. Preferiu se concentrar nas urgências, que são vacina pra todos, Auxílio Emergencial de R$ 600,00 e medidas urgentes na área social.

Quanto se esperava um discurso partidário, o ex-presidente preferiu chamar por união nacional contra as crises.

A fala de Lula repercutiu aqui e no Exterior. O setor econômico reagiu bem, a militância de esquerda recebeu uma dose de ânimo e o sindicalismo se sentiu valorizado pelo companheiro de todas as horas.

O núcleo do governo Bolsonaro sentiu o golpe e setores de centro já falam no apoio a Lula em 2022. O fato real é que o ex-presidente voltou com vigor e não pôs lenha na fogueira da polarização, que só nos causa mal.

Deixemos pra 2022 a pauta eleitoral. Sigamos a orientação de Lula por vacina, Emergencial, mais empregos e socorro aos pobres. Sigamos por que Lula falou? Sim e não. Sigamos principalmente porque é o certo, o justo e o oportuno a ser feito já.

Governador – Na segunda (15), as Centrais Sindicais levaram ao governador João Doria a pauta por vacina, isolamento, Emergencial e empregos. O sindicalismo, mais uma vez, apresenta propostas contra a crise.

José Pereira dos Santos
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região e secretário nacional de Formação da Força Sindical

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