PUBLICADO EM 17 de jun de 2021
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Basta! Para mudar é preciso unir e mobilizar, dizem centrais sindicais

Entidades convocam os trabalhadores para os atos contra Bolsonaro em 18 e 19 de junho

São Paulo SP 19 05 2020. Fotos Publicas

Por Sergio Nobre, Miguel Torres, Ricardo Patah, Adilson Araújo, José Reginaldo Inácio e Antônio Neto

O governo federal não tem qualquer controle sobre a crise sanitária instalada pela pandemia. Suas escolhas são responsáveis por milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas se o presidente tivesse adotado as medidas de prevenção e proteção à vida, preconizadas pela ciência, medicina e OMS, e atuado para produzir e comprar vacinas. Esse descontrole e sua péssima gestão devem ser rigorosamente apurados pela CPI da Covid em curso no Senado, para que os responsáveis sejam apontados e punidos.

Para as centrais sindicais, a prioridade no curtíssimo prazo é a defesa da vida, dos empregos e da democracia. Vacina para todos já continua sendo uma urgência. Para resistir à crise econômica e social que atinge principalmente os mais vulneráveis, defendemos que o auxílio emergencial seja estendido até o fim da pandemia com valor de R$ 600, criando condições para que a população enfrente o desemprego, a carestia e a fome. Propomos que os empregos e salários sejam protegidos e as micro e pequenas empresas tenham o apoio necessário do Estado para resistir ao travamento da atividade econômica. Essas medidas precisam estar ativas enquanto durar a pandemia.

Há também temas estratégicos que tramitam no Congresso Nacional e requerem máxima atenção. A PEC 32/2020 trata da reforma administrativa, que promove uma reforma trabalhista dos servidores (fim da estabilidade e outros direitos) e abre caminho para mais privatização de serviços públicos, desmontando, dessa maneira, a capacidade de o Estado promover políticas públicas. Em curso segue a criminosa privatização da Eletrobras e de outras importantes empresas públicas, que são instrumentos produtivos essenciais à indução do desenvolvimento do país.

É fundamental articular capacidade política capaz de recolocar o país na trajetória de um projeto de desenvolvimento que incremente a produtividade de toda a economia, gere empregos de qualidade e promova o aumento da renda do trabalho; que combata todas as formas de desigualdades, a pobreza e a miséria. Um projeto de desenvolvimento orientando pela justiça social e sustentabilidade ambiental, por um Estado forte com efetividade para o investimento econômico e social.

O contexto de ataques às instituições, às liberdades e ao Estado Democrático de Direito exige atuação de resistência, ampliando ainda mais os laços de solidariedade e de unidade do campo democrático. Vigilância permanente e medidas preventivas e protetivas devem ser promovidas cotidianamente pela sociedade civil organizada e pelas instituições do Estado.

As centrais sindicais têm atuado junto ao Congresso Nacional e aos governadores, procurando tratar desses desafios, apresentando propostas e caminhos alinhados em uma Agenda Legislativa unitária. Os sindicatos têm mobilizado a solidariedade com a coleta e distribuição de alimentos em todo o país, entre tantas outras iniciativas.

Desde o início da pandemia, as centrais sindicais também têm defendido todas as medidas de isolamento social, o uso de máscara e álcool em gel, testes e estrutura médico-hospitalar para o tratamento aos infectados, além de protocolos de proteção para os trabalhadores em atividades essenciais e cuidados com o transporte coletivo.

Portanto, não é possível aceitar como normal caminhar passivamente rumo a 500 mil mortes!

O governo federal, com seu negacionismo, é responsável pela intencional descoordenação no enfretamento da crise sanitária e econômica, pela carestia, pela fome e pelos extensos desmontes de políticas públicas nas áreas de educação, saúde, segurança, ciência, cultura, pesquisa, proteção social, entre outras. Diante das mortes, do desgoverno, dos ataques ao Estado Democrático de Direito, as centrais sindicais afirmam: Basta! E declaram: Fora Bolsonaro!

Por isso, com todos os cuidados sanitários, faremos em 18 de junho atos nos locais de trabalho para apresentar nossa pauta e propostas. Na data, também divulgaremos a manifestação nacional que apoiamos e ajudamos a convocar para 19 de junho. Nas ruas, com todos os cuidados sanitários, vamos afirmar nosso Basta!

Sergio Nobre é presidente da CUT, Miguel Torres é presidente da Força Sindical, Ricardo Patah é presidente da UGT, Adilson Araújo é presidente da CTB, José Reginaldo Inácio é presidente da NCST e Antônio Neto é presidente da CSB

Fonte: Poder 360

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