PUBLICADO EM 25 de out de 2017
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Taxa Selic: ‘Política de conta-gotas frustra os trabalhadores’, diz Força Sindical

A Força Sindical, a UGT e CGTB realizaram na manhã da última terça-feira (24), um protesto em frente ao Banco Central contra os juros altos. O ato aconteceu no primeiro dia da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) para cobrar uma queda drástica da taxa básica de juros / Foto: Jaélcio Santana

por Fábio Casseb – Assim que o Copom – Comitê de Política Monetária do Banco Central anunciou a redução, em 0,75% p.p., da taxa básica de juros, a Força Sindical através de nota oficial, assinada por seu presidente, Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força), e o secretário-geral, João Carlos Gonçalves (Juruna), criticou a decisão.

No texto, os sindicalistas consideram que o governo erra ao manter a “política de conta-gotas”. “Acerta no remédio ao reduzir a taxa Selic, mas erra na dose ao cortar muito pouco”, lamentam.

“Mais uma vez o Copom frustra os trabalhadores, que precisam desesperadamente de mais ousadia. Afinal, treze milhões de pessoas estão desempregadas”, dizem ainda.

A cobrança da Central, segundo Paulinho e Juruna, é por uma queda drástica na taxa de juros, já que a Selic continua extremamente proibitiva fazendo com que o Brasil perca a oportunidade de apostar no setor produtivo. “Com esta política o crescimento da economia ocorrerá devagar e o surgimento de empregos que atendam às necessidades básicas e deem dignidade aos trabalhadores também”.

E finalizam o texto ressaltando que a desconfiança e as incertezas quanto ao futuro serão dissipadas com uma contundente redução da taxa nas próximas reuniões da equipe econômica. “Somente com juros mais baixos os empregos ressurgirão, as desigualdades sociais serão diminuídas e o Brasil retomará os trilhos do desenvolvimento sustentado.”

Confira a íntegra da nota:

NOTA OFICIAL – TAXA SELIC

Ao manter a política de conta-gotas, o governo acerta no remédio ao reduzir a taxa Selic, mas erra na dose ao cortar muito pouco. Mais uma vez o Copom frustra os trabalhadores, que precisam desesperadamente de mais ousadia. Afinal, treze milhões de pessoas estão desempregadas.

Os trabalhadores almejam por uma queda drástica na taxa de juros. A taxa Selic continua extremamente proibitiva, e o Brasil perde outra chance de apostar no setor produtivo devido ao excesso de gradualismo e conservadorismo de quem dirige a economia no País. É sempre importante lembrar que menos juros representam mais empregos.

Sabemos que com esta política o crescimento da economia ocorrerá devagar e o surgimento de empregos que atendam às necessidades básicas e deem dignidade aos trabalhadores também. A redução da Selic, hoje, serve apenas como um pequeno alento, pois ainda necessita ter continuidade e ser mais contundente nas próximas reuniões da equipe econômica.

Só assim a desconfiança e as incertezas quanto ao futuro serão dissipadas. Só assim os empregos ressurgirão, as desigualdades sociais serão diminuídas e o Brasil retomará os trilhos do desenvolvimento sustentado.

Paulo Pereira da Silva – Paulinho
Presidente da Força Sindical

João Carlos Gonçalves – Juruna
Secretário-geral da Força Sindical

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