PUBLICADO EM 29 de mar de 2022
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Sindmotoristas não poupará esforços para a manutenção do emprego dos cobradores

Na Assembleia Geral Extraordinária da Campanha Salarial 2022, realizada na quinta-feira (24), no auditório do Sindmotoristas, o presidente da entidade e deputado federal Valdevan Noventa disse que já orientou os diretores, delegados, cipeiros e militantes do sindicato para que não permitam que no dia dois de abril saiam ônibus das garagens sem cobrador a bordo. “Então enquanto nós tivermos na direção da entidade. O cobrador não sai, o cobrador fica”, afirmou

De acordo com Valdevan, a direção do Sindmotoristas está empenhada em combater “Pacote Escandaloso de Maldades” do prefeito Ricardo Nunes (MDB). “A situação é gravíssima e requer muita unidade da categoria para lutar mais uma vez em defesa dos empregos de 18 mil profissionais, que em sua grande maioria são pais e mães de família”.

No Seminário de Preparação da Campanha Salarial 2022, realizado nos dias 18 e 19 de março, centenas de lideranças dos trabalhadores em transportes rodoviário no Estado de São Paulo, participaram e manifestaram apoio e solidariedade à batalha em defesa dos empregos dos cobradores de ônibus, que estão com seus empregos ameaçados pelo um aditivo emitido pela SPTrans.

“Agradeço a todos vocês pela presença neste evento, considerado o maior desses 87 anos de história da entidade. Os representantes da categoria (diretores, delegados, cipeiros, coordenação das mulheres, conselheiros do setor de manutenção e militantes), debateram atentamente e fizeram propostas que contribuirá no grande enfrentamento que se aproxima, contra os patrões e administração municipal”, avisou.

Segundo Noventa, mesmo que pessoas inoportunas ligadas à oposição criticaram o evento, a participação significativa de lideranças do movimento sindical como: Ricardo Patah, presidente da UGT; Luiz Gonçalves (Luizinho) e Orlando Moreira Júnior, presidente e diretor, respectivamente da Nova Central Sindical de Trabalhadores no Estado de SP; João Carlos Juruna, Secretário Geral da Força Sindical; Adilson Araújo, presidente da CTB e Valdir de Souza Pestana, presidente da Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviário no Estado de São Paulo (FTTRESP), só fortalecerá a categoria nesta batalha.

Manifesto em defesa do emprego dos cobradores de ônibus na cidade de São Paulo

Toda vez que se aproxima a data-base da categoria, 1º de Maio, os patrões se aproveitam da conjuntura econômica e política para obter seus ganhos em detrimento dos nossos.

Com isso, almejam obter vitórias em tempos de embates como aconteceu no processo de privatização da CMTC; na implantação da Catraca Eletrônica nos ônibus; na licitação de renovação dos contratos das empresas; na licitação das linhas e agora com aditivo aos contratos que prevê demissões de 18 mil cobradores e cobradoras de ônibus.
“Desde o final do ano de 2017, o Poder Público divulga para a imprensa a intenção de licitar e reduzir o número de linhas, a frota de ônibus e eliminar postos de trabalho dos cobradores e cobradoras. Se isto acontecesse como planejado, a categoria seria penalizada com o desemprego estrutural”, conta Noventa.

“O que está em jogo é a precarização da vida destes profissionais e a garantia dos empregos de mães e pais de famílias. Neste contexto, resistir não é uma opção, é uma obrigação para quem aposta na condição humana e na sua essência de ser social”, completou.

Diante desse cenário, a diretoria da entidade solicita o apoio de todos os trabalhadores da categoria para o enfrentamento. “Prosseguir com este projeto antissocial de forma unilateral, sem envolver os agentes diretos responsáveis para manter o bom funcionamento do transporte coletivo nesta que é o maior e rico município do país é uma irresponsabilidade”, finalizou.

Fonte: Sindicato dos Motoristas de São Paulo

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