PUBLICADO EM 09 de set de 2022
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Sindjornal e FENAJ repudiam fala do candidato Fernando Collor de Mello

O Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal) e a Federação Nacional dos
Jornalistas (FENAJ) vêm a público repudiar veementemente a postura do senador Fernando Collor de Mello durante o debate realizado pela TV Mar, no último dia 5 de setembro.

O candidato Collor, ao ser indagado sobre emprego e direito dos trabalhadores, faltou com a verdade ao dizer que o “piso salarial dos jornalistas em Alagoas é o maior do Brasil, graças a ação da Organização Arnon de Mello (OAM).”

O Sindjornal lembra que o senador Collor é, na verdade, o principal o responsável por um dos maiores calotes da história recente do país, aplicado em centenas de trabalhadores da Organização Arnon de Melo, alguns dos quais esperam, sem previsão de pagamento, há quatro anos. Esses jornalistas aguardam o recebimento de suas verbas indenizatórias, seus FGTS e outros direitos negados pela OAM, após serem demitidos sem justa causa graças aos desmandos
administrativos que o senador tenta esconder e que, por pouco, não conduzem a empresa à falência.

A empresa de Collor foi uma das principais responsáveis pela maior greve já realizada no Brasil por jornalistas, quando, em 2019, ela propôs, juntamente a outras empresas de comunicação, a redução salarial de 40% do piso salarial dos jornalistas. Tentativa essa que só não foi posta em prática graças às manifestações corajosas dos jornalistas, liderados pelo Sindjornal, e à decisão da Justiça do Trabalho, em favor da categoria.

Foi por conta da luta dos jornalistas por seus direitos que as empresas de Collor, derrotadas na vergonhosa proposta de reduzir salários, promoveram uma retaliação histórica aos trabalhadores alagoanos, demitindo profissionais somente por não aceitarem essa redução – sendo, alguns deles, os mais qualificados do país.

Ainda hoje, em 2022, os profissionais não receberam as verbas indenizatórias e,
recentemente, sofreram mais um duro golpe, com manobras no processo de recuperação judicial da Organização Arnon de Mello, que reduziu, de forma drástica e inexplicável, cerca de 90% do valor dos débitos já reconhecidos na Justiça. Muitos desses jornalistas, ainda hoje, passam por privação financeiras, porque não receberam um centavo do que tem direito. A realidade, diante da fala de Collor, é o “calote” dado nos trabalhadores, isso sim é uma “ação”, visível e irrefutável, que as empresas da OAM praticaram contra os profissionais.

O Sindicato lembra que o piso dos Jornalistas de Alagoas hoje é um dos maiores do país graças, única e exclusivamente, aos próprios jornalistas. O valor é fruto de lutas históricas da categoria travadas há anos, sempre a contragosto das empresas de comunicação, que ano após ano, propõe, na verdade, a redução do valor é a retirada de direitos, promovendo a precarização do trabalho dos jornalistas no Estado.

Por fim, o Sindjornal e a FENAJ se solidarizam com toda a classe de jornalistas,
principalmente os demitidos da OAM e os vários profissionais que ainda hoje continuam com vínculo, mas afastados, tratando da saúde mental por conta de práticas trabalhistas inadequadas já reconhecidas pelo MPT, que, além de tudo, ainda é obrigada a ver e ouvir no debate esse discurso mentiroso praticado pelo candidato.

Sindicato dos Jornalistas de Alagoas – Sindjornal

Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ

Fonte: Fenaj

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