PUBLICADO EM 01 de mar de 2023
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Servidores recusam proposta de reajuste de 7,8% nos salários

Trabalhadores defendem um reajuste de pelo menos 13,5% e recusaram, unanimemente, a primeira proposta encaminhada pelo governo, que previa reajuste nos salários de 7,8%, e 44% no valor do auxílio alimentação

Esplanada dos Ministérios – Foto: Reprodução

A reunião, com os representantes dos servidores federais — sindicatos das várias categorias e carreiras, fóruns e centrais sindicais —, foi na tarde desta terça-feira (28), na segunda rodada da MNNP (Mesa Nacional de Negociação Permanente).

Segundo informações das entidades, foram mais de 3 horas de discussões e pressão dos representantes dos servidores.

Governo avalia contrapostas
Diante da recusa da proposta do Executivo, o secretário de Gestão de Pessoas e Relações do Trabalho do MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos), Sérgio Mendonça se comprometeu em levar as contrapropostas apresentadas para a ministra Esther Dweck, do MGI.

Dweck vai avaliar as demandas em nova reunião com os ministros da Fazenda, do Planejamento e da Casa Civil, que integram a JEO (Junta de Execução Orçamentária).

Até a próxima sexta-feira (3), conforme compromisso assumido por Mendonça, o governo deve apresentar resposta às reinvindicações formuladas pelos servidores. Desse modo, na próxima terça-feira (7), pode ser realizada a terceira rodada de negociação para que as entidades se manifestem sobre a possibilidade de acordo.

Salário e auxílio alimentação
Na reunião, os representantes sindicais defenderam a necessidade e urgência na concretização do acordo e encaminharam série de contrapropostas, a fim de contemplar reajuste salarial acima do percentual apresentado pelo governo.

Os servidores defendem que há recursos acima dos R$ 11,2 bilhões que podem ser utilizados, o que permitiria índice de reajuste maior.

Os representantes sindicais também defenderam que o governo busque outras fontes de recursos disponíveis no orçamento de 2023 para conceder percentual maior de reajuste no auxílio alimentação.

Os dirigentes sindicais, por meio das entidades, também voltaram a cobrar a aprovação de regimento para o funcionamento da Mesa Negocial, a abertura das mesas setoriais, além da revogação de conjunto de normas que ferem a autonomia dos servidores e a liberdade sindical.

Proposta inicial do governo
Na primeira rodada de negociações, realizada dia 16 de fevereiro, o governo propôs ao segmento reajuste linear de 7,8% e aumento no vale-alimentação de R$ 200.

Caso a proposta tivesse sido aceita, passaria a valer em 1º de março e causaria impacto de R$ 11,2 bilhões nas contas públicas.

Fonte: Diap

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