PUBLICADO EM 28 de jul de 2021
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Santos: Julho termina e agosto começa com luta nacional de servidores

Julho termina e agosto começa com luta dos servidores públicos contra a proposta de emenda constitucional (pec) 32-2020, também conhecida por ‘reforma administrativa’.

Nesta quinta e sexta-feira (29 e 30), tem o encontro nacional dos trabalhadores do setor público contra a reforma. As inscrições podem ser feitas no ‘site’ www.contrapec32.com.br .

Na terça-feira (3), no retorno das atividades do congresso nacional, haverá um grande protesto, em Brasília, a partir das 8 horas, com caravanas das cinco regiões do país.

A recepção aos trabalhadores, pela manhã, será na esplanada dos ministérios. E a concentração do ato público será às 12 horas, logo após o almoço, no pátio do museu nacional.

Às 14 horas, terá início a passeata em defesa dos serviços públicos, em direção à Praça dos Três Poderes, contornando o congresso nacional e retornando à esplanada.

Servidor sofre em dose dupla

O movimento tem apoio das centrais CUT, Força Sindical, Conlutas, NCST, CGTB, CTB, Intersindical, Pública, CSB (confederação dos servidores do Brasil) e movimento ‘Basta’.

As duas atividades foram abordadas na ‘live’ do Sindest (sindicato dos 12 mil servidores municipais estatutários e 4 mil aposentados de Santos), na noite de terça-feira, pelo Facebook e Youtube.

O presidente da entidade, Fábio Marcelo Pimentel, disse na ‘live’ que “a luta não é apenas na defesa corporativa dos servidores, mas também da população, que pode ter os serviços públicos destruídos”.

“Evidentemente”, explicou o sindicalista, “a reforma ataca também os servidores, que acabam sofrendo duas vezes. Uma pelo fato de sermos servidores. E outra por sermos usuários dos serviços públicos”.

O presidente do sindicato de Praia Grande, Adriano Roberto Lopes da Silva ‘Pixoxó’, também criticou a ‘pec’, de autoria do ministro da economia, Paulo Guedes, e assinada por Jair Bolsonaro.

Sem gosto, apenas fome

“Ela veio para detonar os servidores, muitos dos quais colocam sua saúde e de suas famílias em risco na linha de frente do combate à pandemia do novo coronavírus”, disse o dirigente.

O sindicalista lamentou na ‘live’ que, “infelizmente, ainda não é fácil mobilizar os servidores e a população porque muitos acreditam nas políticas econômicas e sociais do governo Bolsonaro”.

Pixoxó comentou as recentes notícias de jornais, rádios e televisões mostrando filas em açougues de Cuiabá (MT) para pessoas conseguirem ossos que sirvam de ‘mistura’ nas refeições.

“É muito triste ver cenas assim num país tão rico como o nosso, num estado pecuarista, onde as crianças comem aquela comida não por gosto, mas com fome”, lamentou.

Louco monstruoso

O presidente e a diretora financeira do sindicato de São Vicente, Edson Paixão e Mara Valéria, também criticaram na ‘live’ o presidente Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes.

“É nos municípios que a precariedade na educação, saúde e segurança se mostra mais evidente”, disse ele. Para ela, Bolsonaro “é um louco que precisa de prisão urgentemente”.

O mediador da ‘live’, jornalista William Ribeiro, também não poupou críticas ao presidente da república. “O monstro vetou acesso de pessoas portadoras de câncer a remédios gratuitos”.

Fábio, Pixoxó, Edson e Mara comentaram os protestos de sábado (24) em todo o país. Houve atos em Praia Grande e São Vicente, pela manhã. À tarde, o maior deles foi em Santos.

Após 60 dias recluso pela covid 19, sendo mais de 20 internado na Santa Casa, o presidente do Sindest participou do protesto de sábado e declarou-se “renovado pelo ânimo das ruas”.

“Além de importante, foi muito gostoso participar do ato público e da passeata de sábado, depois de tanto tempo sem a satisfação de ver de perto essa gente boa dos protestos”, disse Fábio.

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