PUBLICADO EM 27 de dez de 2017
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Com nova legislação trabalhista em vigor Brasil fechou 12,3 mil vagas formais

Resultado do Caged divulgado nesta quarta-feira, 27, interrompe a sequência de sete meses seguidos de geração de empregos formais; para 2018, o Ministério do Trabalho prevê a criação de 1.781.930 empregos com carteira assinada; resultado inclui contratos firmados já sob as novas modalidades previstas na reforma trabalhista, como a jornada intermitente e a jornada parcial; regras começaram a vigorar em 11 de novembro; resultados até outubro de 2017 não incluíam essas informações

No mês em que a reforma trabalhista entrou em vigor, o Brasil registrou mais demissões do que contratações. O saldo ficou negativo em 12,3 mil vagas em novembro.

Analistas ouvidos pela Reuters esperavam um saldo positivo de 22 mil vagas. Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) foram divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho.

A reforma trabalhista entrou em vigor no dia 11 de novembro e criou novas formas de contratações, como o trabalho intermitente. Em novembro, houve geração de 3.120 postos de trabalho intermitente, contra 53 desligamentos. O saldo ficou positivo em 3.067 no mês passado.

Na jornada parcial, houve 744 admissões contra 513 desligamentos (saldo positivo em 231). Segundo o Ministério do Trabalho, entre essas contratações, há quatro trabalhadores que acumulam mais de uma admissão. Além disso, dessas admissões com trabalho parcial acima de 24 horas ficou em 321.

A pasta informou ainda que houve 805 desligamentos por acordo entre trabalhadores e empresas.

No acumulado de 2017 até novembro, há uma abertura de 299.635 postos de trabalho com carteira assinada. Em 12 meses, há um fechamento de 178.528 vagas.

A expectativa dos defensores das mudanças é que a nova lei facilitaria contratações e poderia aumentar o número de empregos no país.

As demissões foram maiores que as contratações em novembro mesmo com a inclusão, nos dados do governo, das contratações de trabalhadores intermitente e em jornada parcial, que tiveram saldos positivos de 3.067 e 231, respectivamente.

O ministério não divulgou dados sobre o teletrabalho, para o qual a nova lei criou regra específicas. De acordo com a pasta, o governo ainda vai orientar os empregadores sobre como preencher os dados nessa modalidade.

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse que o saldo negativo foi pequeno em novembro. “Isso não significa um interrupção do processo de retomada do crescimento do país. […] O mês de novembro tem tendência de apresentar saldo negativo”, disse.

Em novembro do ano passado, o saldo foi negativo em 116,7 mil postos e, em 2015, as demissões superaram as contratações em 130,6 mil. Nos anos anteriores, com crescimento da economia, houve criação de postos de trabalho.

No acumulado de janeiro a novembro deste ano, foram criados 299,6 mil postos de trabalho. Em 12 meses, contudo, o saldo está negativo em 178,5 mil.

PROJEÇÃO

O Ministério do Trabalho espera, para 2018, a criação de 1,78 milhão postos de trabalho, se o crescimento da economia for de 3%. Considerando uma estimativa de 3,5% no próximo ano, o saldo de emprego formal pode superar 2 milhões de contratos.

Fonte: Folha SP

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