PUBLICADO EM 02 de set de 2021
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MP 1045: sindicatos pressionam e Senado rejeita nova retirada de direitos

No documento assinado pelas dez centrais sindicais, os dirigentes ressaltam que qualquer mudança na lei que interfira na vida dos cidadãos e na economia do país deve ser devidamente analisada e debatida no Congresso Nacional,

As centrais sindicais comemoram, nesta quinta-feira (2), a importante vitória dos trabalhadores, no Congresso Nacional, com a derrubada da MP 1.045 pelos senadores. De acordo com as lideranças sindicais, a medida precarizava e retirava direitos dos trabalhadores.

Na nota, os presidentes das centrais explicam que a medida, com seus jabutis que configuravam uma minirreforma trabalhista, propunha o aumento da desproteção social e previdenciária e a desvalorização dos sindicatos e da negociação coletiva, precarizando ainda mais as condições de trabalho. “Defendemos sim a manutenção e o incremento de medidas emergenciais para trabalhadores, empregadores e para a população mais vulnerável durante a vigência da pandemia do coronavírus”, diz o texto.

Sindicalistas comemoraram a vitória em suas redes sociais:

No documento assinado pelas dez centrais sindicais, os dirigentes ressaltam que qualquer mudança na lei que interfira na vida dos cidadãos e na economia do país deve ser devidamente analisada e debatida no Congresso Nacional, com ampla participação da sociedade, dos trabalhadores, dos empregadores e do governo.

No final do texto, os sindicalistas propõem o debate sobre políticas de geração, proteção e recuperação de empregos e de renda, de economia solidária e popular, de concessão de crédito e valorização de micro e pequenas empresas. E avisaram ainda que estão alertas e preparados para enfrentar qualquer nova ofensiva antissocial tramada pelo ministro da economia em conluio com o presidente da República. “Nossa luta evitou a retirada de direitos!”

Confira a seguir a nota das centrais sindicais:

MP 1045: Trabalhadores pressionam e Senado rejeita nova retirada de direitos

As Centrais Sindicais comemoram a vitória contra a Medida Provisória 1.045/2021, ocorrida no senado federal no dia 01/09/2021. A medida, com seus jabutis que configuravam uma minirreforma trabalhista, propunha o aumento da desproteção social e previdenciária e a desvalorização dos sindicatos e da negociação coletiva, precarizando ainda mais as condições de trabalho.

Defendemos sim a manutenção e o incremento de medidas emergenciais para trabalhadores, empregadores e para a população mais vulnerável durante a vigência da pandemia do coronavírus.

Acusamos, entretanto, o governo federal de aproveitar-se das necessidades de uma crise que tem levado milhares de brasileiros à morte precoce, para tentar aprovar, sem o devido debate social, dispositivos impopulares, que prejudicariam ainda mais o povo que já sofre com o desemprego, a carestia e o vírus.

A derrota desta nefasta artimanha do governo resulta da organização das entidades sindicais, da unidade das centrais sindicais, da persistência dos sindicatos, federações, confederações, que não pouparam esforços em buscar um diálogo com o Senado e expor rapidamente os prejuízos sociais e econômicos contemplados na medida. Resulta do compromisso do Senado Federal, como Casa Revisora, com a sociedade, evitando uma nova onda de retirada de direitos dos trabalhadores.

Em abril de 2020 a equipe de Paulo Guedes já havia tentado emplacar a famigerada “carteira verde e amarela” que, assim como a MP 1045, promovia a redução de direitos trabalhistas. Naquela ocasião o governo também sofreu uma grande derrota no Senado, impulsionada pela resistência dos trabalhadores.

Reiteramos que qualquer mudança na lei que interfira na vida dos cidadãos e na economia do país deve ser devidamente analisada e debatida no Congresso Nacional, com ampla participação da sociedade, dos trabalhadores, dos empregadores e do governo.

Propomos, desde já, que se abra um debate sobre políticas de geração, proteção e recuperação de empregos e de renda, de economia solidária e popular, de concessão de crédito e valorização de micro e pequenas empresas. Um debate sobre o fortalecimento de políticas públicas com vistas a um desenvolvimento justo e humanitário para o Brasil.

Estamos alertas e preparados para enfrentar qualquer nova ofensiva antissocial tramada pelo ministro da economia em conluio com o presidente da República.

Nossa luta evitou a retirada de direitos!

São Paulo, 03 de setembro de 2021

Sérgio Nobre, Presidente da Central Única dos Trabalhadores – CUT
Miguel Torres, Presidente da Força Sindical – FS
Ricardo Patah, Presidente da União Geral dos Trabalhadores – UGT
Adilson Araújo, Presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
Antonio Neto, Presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB
José Reginaldo Inácio, Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores – NCST
Atnágoras Lopes, Secretário Executivo Nacional da CSP – Conlutas
Edson Carneiro Índio, Secretário Geral da Intersindical, Central da Classe Trabalhadora
Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical, Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora
José Gozze, Presidente da Pública Central do Servidor

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  • Sales José da Silva

    Bom dia lideranças

    Histórica vitória da classe trabalhadora contra o Bolsonarismo título enominado, que hoje representa o que há de pior no do conservadorismo empresarial brasileiro nos três poderes da República.

    Digo isto porque não podemos esquecer de Gilmar Mendes na ação que acabou com a força das convenções coletivas não as renovando por manobras antissindicais contra os trabalhadores.

    Digo também das ações contra os trabalhadores da ativa e aos aposentados na reforma trabalhista e previdenciária no legislativo.

    Digo isto por ter maus no executivo, Paulo Guédes, Onix Lorenzone ,que são inimigos da classe trabalhadora e traidores da pátria

    Mas a Luta continua e é por isso que temos que parabenizar nossas lideranças e valorizarmos esses companheiros nas eleições para o legislativo,

    Precisamos ter Deputados Federais dos trabalhadores na próxima legislatura.

    Trabalhador vota em trabalhador .

    Trabalhadora e trabalhador não vota em patrão, nem em padre e nem em pastor,

    Trabalhadora e trabalhador vota em quadros qualificados do movimento sindical dos trabalhadores seja ele servidor público seja ele pião da iniciativa privada!

    A luta faz a lei.

    Muita luz para todos!

  • Jucelio gonçalves de sena

    Bora noite! Ainda bem que temos a força dos sindicatos que ainda nos ajudam, porque já não temos mais salário já não podemos mais como fazer um plano futuro, não somos mais trabalhadores e sim desempregados. Hoje, Trabalhar já não e mais rentável. Eu conheci quem trabalhava e ganhava salário tinha uma renda hoje tem uma divida.

QUENTINHAS