PUBLICADO EM 14 de abr de 2021
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Mortes entre frentistas aumentaram mais de 60% durante pandemia

Os trabalhadores essenciais foram os que registraram maiores aumentos no número de mortes, na comparação entre o início do ano passado, pré-pandemia, e os piores meses da covid-19 nesse começo de 2001.

É o que revelou reportagem do jornal espanhol El Pais, com base em informações do Ministério da Economia, confirmadas pela Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro) junto a fontes no Dieese e na Fiocruz.

Dentre os trabalhadores formais que não puderam ficar em casa em nenhum momento da pandemia, as mortes entre frentistas são as que, segundo o levantamento, tiveram o maior salto: 68%. Entre os caixas de supermercado a variação foi de 67% e entre os motoristas de ônibus houve 62% de mortes a mais.

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“Não é à toa que os frentistas cobram a inclusão da categoria no grupo prioritário para receber a vacina. Somos essenciais, não somos descartáveis e exigimos nosso direito à vida”, cobra a diretora do Sindicato dos Frentistas do Rio e da Federação Nacional, Aparecida Evaristo.

Pressão local e nacional – Sindicatos de Frentistas de todo o país estão mobilizados para cobrar prioridade para a categoria na fase 4 da vacinação contra a covid-19, junto com professores, forças de segurança e salvamento, funcionários e internos do sistema prisional. Dentre os 58 sindicatos filiados à Fenepospetro, pelo menos 23 já reforçaram a reivindicação de prioridade para a vacinação dos frentistas junto aos governadores e prefeitos. Outros 13 cobraram providências diretamente ao Governo Federal, mas até o momento não houve resposta do Ministério da Saúde.

“Por essa negligência que está custando as vidas de milhares de frentistas e outros trabalhadores essenciais, as autoridades de saúde terão que ser responsabilizadas. A prioridade de vacinação não é apenas uma questão de justiça e reconhecimento, mas também prioridade estratégica para conter a disseminação do vírus. Todo mundo cedo ou tarde vai a um posto de gasolina, anda de ônibus ou faz compras no supermercado”, cobra o presidente da Fenepospetro, Eusébio Pinto Neto.

Entenda o plano nacional de imunização – Na fase 1 estão os profissionais de saúde, a população idosa acima dos 75 anos, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em asilos e instituições psiquiátricas, e a população indígena. Na fase 2 entram as pessoas de 60 a 74 anos. A fase 3 prevê a imunização de pessoas com doenças graves. A fase 4 deve abranger professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional, população privada de liberdade. Deveria também abranger os frentistas.

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Fonte: Fenepospetro

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