PUBLICADO EM 03 de ago de 2020
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Livro revela parcialidade do Juiz Sérgio Moro na Lava Jato.


O livro reúne 32 textos de autoria de 40 renomados juristas / Reprodução Grupo Prerrogativas

O grupo Prerrogativas lançou no último sábado, 1º/8, “O livro das suspeições”, obra de fôlego com artigos originais de juristas e advogados que atuaram na Lava Jato.

Coordenada por Lenio Streck e Marco Aurélio de Carvalho, a publicação conta, entre os autores, com grandes nomes do Direito Penal brasileiro, como Alberto Toron, Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay), Carol Proner, Dora Cavalcanti, Fábio Tofic Simantob e Roberto Podval.

Os autores examinam os detalhes da operação e mostram como, em vários momentos, o então juiz Sergio Moro e os procuradores da força-tarefa assumiram uma postura parcial ou faltaram com a isenção.

O livro busca levar a história dos bastidores da Lava Jato para além da comunidade jurídica, apontado os fatos que estiveram por trás de uma operação que alterou profundamente os rumos da política brasileira.

“Projeto de poder”

As ações e resultados obtidas pela Lava Jato, segundo o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro (Kakay), que atuou na operação, também reforçam que havia um “projeto de poder” em jogo. A prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva impediu sua participação na eleição presidencial de 2018, que teve Jair Bolsonaro (sem partido) como vitorioso. Mesmo depois de dizer que “jamais entraria para a política”, o ex-juiz aceitou o convite para ser ministro da Justiça e Segurança Pública do governo eleito.

“Nós falávamos que tinha um projeto de poder, mas tínhamos que comprovar. Hoje está comprovado. Um dos procuradores reconheceu que votou e trabalhou para o atual presidente, que, evidentemente, foi eleito em função de projeto de poder e dos excessos da Lava Jato”.

O advogado se refere ao procurador regional aposentado Carlos Fernando do Santos Lima, que afirmou à imprensa, em 2019, que a força-tarefa tinha um candidato “preferido” na época das eleições, alegando que “os lava-jatistas eram a favor do Bolsonaro”.

Baixe aqui o livro: O Livro das Suspeições

Com informações de Migalhas e Brasil de Fato

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