PUBLICADO EM 27 de out de 2021
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Força Sindical: “Aumentar os juros é um instrumento muito perverso e pouco eficaz no combate à inflação”

Foi o sexto aumento seguido e agora a taxa selic está em 7,75% ao ano. E altas vão continuar

Miguel: “A crise é dolorosa para os trabalhadores, que, além de sofrerem com o flagelo do desemprego, amargam alta taxa de juros e a redução nefasta dos seus diretos e de sua proteção social” – Foto: Jaélcio Santana

A Força Sindical considerou, em nota divulgada no início da noite, um grave erro a decisão dos membros do Copom (Comitê de Política Monetária) de aumentar a taxa de juros em 1,50 ponto percentual. Com isso, a Selic chega a 7,75% ao ano, no maior nível desde setembro de 2017.

Foi a sexta alta seguida dos juros, que no início do ano estavam em 2%. Desde então, a inflação oficial não parou de subir, atingindo recentemente os dois dígitos. Apenas nas três últimas reuniões, o Copom aumentou a Selic em 3,5 pontos.

De acordo com a nota, assinada pelo presidente da Central, Miguel Torres, É muito importante ressaltar que o aumento da taxa de juros tem se mostrado, ao longo do tempo, um instrumento muito perverso e pouco eficaz no combate à inflação.

Na nota, a entidade defende que a resposta para a crise é o governo retomar a política de redução da taxa de juros e um projeto de desenvolvimento sustentável com geração de empregos, redução da desigualdade social, combate à pobreza e distribuição de renda.

Confira a seguir a íntegra da nota:

Nota sobre aumento da Taxa básica de juros

A Força Sindical considera um grave erro a decisão dos membros do Copom (Comitê de Política Monetária) de aumentar a taxa de juros. Com esta decisão equivocada, o Banco Central prejudica ainda mais, a já fragilizada economia do nosso país e só beneficia banqueiros e especuladores.

É muito importante ressaltar que o aumento da taxa de juros tem se mostrado, ao longo do tempo, um instrumento muito perverso e pouco eficaz no combate à inflação, encarece o crédito para consumo e para investimentos, causa mais desemprego, queda de renda, piora o cenário da economia. E mais, concentra cada vez mais renda nas mãos de banqueiros e especuladores financeiros.

A crise é dolorosa para os trabalhadores, que, além de sofrerem com o flagelo do desemprego, amargam alta taxa de juros e a redução nefasta dos seus diretos e de sua proteção social.

Defendemos que a resposta para a crise é o governo retomar a política de redução da taxa de juros e um projeto de desenvolvimento sustentável com geração de empregos, redução da desigualdade social, combate à pobreza e distribuição de renda.

Miguel Torres
Presidente da Força Sindical

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