PUBLICADO EM 07 de nov de 2017
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Combate ao câncer tem nova parceria entre Brasil e França

Cientistas do Brasil e da França farão estudos para combater alguns tipos de cânceres raros; parceria firmada na semana passada envolve o Hospital A. C. Camargo Câncer Center e um dos mais respeitados centros europeus de pesquisa do câncer, o Institut Curie, fundação privada e sem fins lucrativos da França; no estudo, pacientes em tratamento nos centros de pesquisa servirão de amostra; médicos, residentes e cientistas farão intercâmbio entre os dois países para a troca de informações; parceria não tem prazo de término e existe a expectativa de que o combate a outros tipos de cânceres raros também sejam estudados

Cientistas brasileiros e franceses se uniram na pesquisa de tratamentos para alguns tipos de cânceres raros, a começar pelos sarcomas. A parceria foi firmada na semana passada, entre o Hospital A. C. Camargo Câncer Center, que oferece diagnóstico, tratamento, ensino e pesquisa no Brasil, e um dos mais respeitados centros europeus de pesquisa do câncer, o Institut Curie, fundação privada e sem fins lucrativos da França.

A superintendente de pesquisa do A. C. Camargo, Vilma Martins, explica que sarcomas são tumores com 70 subtipos que afetam as estruturas moles, que correspondem à metade do peso do corpo humano, como músculos, gordura, tendões e nervos periféricos. O paciente com sarcoma apresenta um pequeno nódulo indolor, chamado de lobinho, no local afetado. O nódulo cresce rápido e pode atingir grandes dimensões.

“Sarcomas são relativamente raros e também são agressivos. Há poucas possibilidades terapêuticas”, esclarece a especialista. O tratamento envolve cirurgia para a retirada do tumor, radioterapia antes ou após a cirurgia e quimioterapia, usada para diminuir a incidência de metástases. Em sarcomas de alto grau, são combinadas as três modalidades.

No estudo, pacientes em tratamento nos centros de pesquisa servirão de amostra. Médicos, residentes e cientistas farão intercâmbio entre os dois países para a troca de informações. “Isso vai agregar pessoas também de outras áreas. Será promissor”, afirma a superintendente. Segundo ela, a parceria não tem prazo de término e existe a expectativa de que o combate a outros tipos de cânceres raros também sejam estudados.

Radioterapia
Outro foco da fase inicial da pesquisa será a colaboração de avanços na radioterapia. “Temos todo o entendimento de novas abordagens para diferentes tumores” disse Vilma. O A.C.Camargo já atingiu nível máximo de acreditação no setor de radioterapia pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão das Nações Unidas.

Fonte: Agência Brasil

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