PUBLICADO EM 07 de maio de 2020
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Três assembleias fortes e emocionantes

Na segunda-feira, 4 de maio, houve a volta parcial ou total ao trabalho nas empresas fabris do Paraná. Na véspera, domingo, o sindicato dos metalúrgicos de Curitiba em reunião virtual durante a tarde preparou a diretoria, os ativistas e os trabalhadores para a retomada, enfatizando as medidas de prevenção a serem adotadas desde a saída de casa até as instalações fabris.

Na segunda-feira, 4 de maio, houve a volta parcial ou total ao trabalho nas empresas fabris do Paraná. Na véspera, domingo, o sindicato dos metalúrgicos de Curitiba em reunião virtual durante a tarde preparou a diretoria, os ativistas e os trabalhadores para a retomada, enfatizando as medidas de prevenção a serem adotadas desde a saída de casa até as instalações fabris.

A volta dos trabalhadores apresentou os problemas esperados – não verificação da temperatura corporal, transporte das empresas e transporte público sem precauções, aglomerações devido aos reencontros dos colegas etc – mas foram enfrentados e continuam sendo com as dificuldades de praxe.

Esta situação não foi a mesma na Renault, uma das cinco grandes empresas da base sindical e que teve uma volta generalizada. Além dos problemas criados pela retomada do trabalho a direção da empresa desencadeou uma operação chantagista de boatos e exigências que contrariaram os trabalhadores e provocaram o sindicato.

Queria afirmar sua determinação de negociar individualmente com os trabalhadores e chegou a marcar para terça-feira uma reunião virtual com os setores administrativos buscando a adesão individual sob a orientação da MP 936, com pressa e com atropelo. Quis atropelar o sindicato.

A provocação da empresa exigiu resposta firme e o sindicato organizou e realizou três assembleias presenciais na troca de turnos, adotando as regras exigidas de distanciamento entre os participantes.

Nas três assembleias maciças (a última já de noite) os dirigentes sindicais nos carros de som orientaram os trabalhadores sobre as regras de prevenção – durante o trajeto, no trabalho, no vestiário, no refeitório e em casa – e reafirmaram a necessidade de negociação coletiva repudiando as negociações individuais, sob pressão da empresa.
Na única votação que foi feita em cada uma das assembleias os trabalhadores aprovaram unanimemente o apoio ao sindicato como único capaz de conduzir as negociações repudiando assim as pressões da Renault.

As fotos e os filmes registram esta disposição de luta dos trabalhadores que levou a empresa, embora a contragosto, a iniciar conversas com os dirigentes sindicais locais e com o sindicato.

João Guilherme Vargas Netto é consultor sindical

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