PUBLICADO EM 22 de jan de 2018
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Salário mínimo digno já!

Pelo segundo ano consecutivo, o salário mínimo foi reajustado com índices abaixo da inflação. Trocando em miúdos, o governo adotou uma política que, a cada ano, vem corroendo os ganhos dos aposentados e dos trabalhadores que se enquadram nesta faixa de renda.

Com esta medida, o governo conseguiu piorar o que já era ruim. O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado nos últimos 12 meses foi de 2,07%, mas o governo repassou apenas 1,81% para o salário mínimo.

Sob o contexto de elevação do custo de vida, o governo promoveu um achatamento ainda maior nos vencimentos dos cerca de 22 milhões de brasileiros aposentados, ou seja, 70% dos beneficiários do INSS terão de sobreviver com uma renda insuficiente de apenas R$ 954,00.

Esta decisão causa impacto nos benefícios dos aposentados e, o pior, traz a sensação de perda de esperança de viver uma vida digna.

Um levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o salário mínimo 2017 também ficou defasado, uma vez que o reajuste foi de 6,48% e as perdas inflacionárias chegaram a 6,58%. As perdas nos dois últimos anos contabilizam 0,36%.

A medida do governo, além de penalizar milhões de brasileiros, também desrespeita a Lei em que determina o reajuste do mínimo com a reposição das perdas inflacionárias conforme o INPC somado ao PIB de dois anos anteriores. Como o PIB foi negativo, deveria ser assegurado ao mínimo os 2,07% do INPC, mas nem isso o governo repassou.

A Força Sindical e o Sindicato Nacional dos Aposentados lutam permanentemente por uma política de recuperação do poder de compra dos aposentados. Por exemplo, normalmente, os medicamentos de uso contínuo fazem parte das despesas mensais deles.

A Força e o Sindicato Nacional dos Aposentados entendem que não podem se calar diante de tamanha injustiça e ingressaram com uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no STF,  para que o governo reveja os índices de reajuste do salário mínimo.

Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força, presidente da Força Sindical

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