PUBLICADO EM 12 de jul de 2022
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Precariedade e miséria extrema marcam o governo de Bolsonaro

Levantamento feito com exclusividade para o portal G1 pela Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho, e divulgado ontem, 11/6, revelou ser a profissão de faxineiro a que mais permitiu gerar empregos nos últimos 12 meses.

Ainda que o grosso dos empregos apontados no levantamento da CNC tenha se dado no setor de serviço e com registro em carteira (163,4 mil novos postos de trabalho na função de faxineiro e 122,5 mil na de auxiliar administrativo), em sua maioria  são funções com baixa remuneração.

Considerando-se os impactos causados pela reforma trabalhista de 2017 que aprofundou a precarização das relações de trabalho no Brasil, há de se supor tratar-se de diversos tipos de trabalho voltados à subsistência das empresas, porém não possuindo implicações no aumento da produtividade, ou que possibilitem atrair investimento.

Ademais, mesmo com os empregos gerados neste como em outros setores, caiu o valor do salário médio com carteira assinada. Queda de 6,5% no comparativo com o ano passado, segundo dados do CAGED.

Nem me refiro ao trabalho informal no qual se insere 40,1% da força de trabalho ocupada. Ou seja, 39 milhões de trabalhadores, segundo a Pnad Contínua/IBGE, de 30/6. Sendo assim, não há em relação a isto o que comemorar como se viu recentemente com a divulgação da última Pnad.

Fazer alarde é característica deste governo de lesa-nação que nada tem a apresentar de positivo para a maioria da população em termos de resultados econômicos, ou de qualquer outro tipo. Ao contrário. Os números estão ai para provar que aumentou o numero de endividados e de miseráveis, incluindo-se neste rol 33 milhões de famintos.

O fato de o desemprego ter diminuído 11,5% (menos 1,4 milhão desempregados) na comparação anual, os salários estão com valor reduzido vez que a renda média do trabalho continua em queda livre. Queda que, aliada ao desemprego, inflação e juros altos, não possibilita à classe trabalhadora sonhar com dias melhores, pois com este governo dos ricos entre os poucos que prosperam estão os financistas, o agronegócio de exportação e a mineração que destroem o meio ambiente, geram poucos empregos, concentram a renda e não pagam impostos.

Aliás, em termos de perspectivas estas se apresentam pelo fato deste ano termos eleições e, assim, uma boa oportunidade para a maioria do eleitorado defenestrar para todo sempre Jair Bolsonaro do cargo que ocupa e eleger Lula presidente e, juntos, mudarmos de vez o Brasil.

José Raimundo de Oliveira é historiador, educador e ativista social.

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  • Cicero Marques da Costa

    ‘Parabéns’ José Raimundo, um historiador moderno com visão e ponto de vista ímpar.

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