PUBLICADO EM 02 de dez de 2017
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O exemplo vem do trabalhador!

 

Os trabalhadores metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, representados pelo Sindicato, têm garantido na Campanha Salarial em andamento a manutenção das cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho e, ao mesmo tempo, inibido a aplicação da nova e nefasta lei da reforma trabalhista, que na prática só serve para reduzir direitos e precarizar as relações de trabalho.

Também garantimos a reposição salarial de 1,83% (inflação do período segundo o INPC), com abonos de 15%, sobre os salários de 31 de outubro de 2017, incluindo uma contribuição de 5% para a manutenção da estrutura de lutas e serviços do Sindicato para a categoria metalúrgica de nossa base.

Esta contribuição é fundamental para que possamos, trabalhadores e Sindicato, enfrentar os desafios atuais de crise e ataques aos direitos.

Vale destacar, porém, que o Sindicato possibilita ao trabalhador – que decide não contribuir – fazer uma carta de “oposição” à contribuição.

Somos, enfim, um Sindicato democrático, que respeita o direito de o trabalhador decidir se quer uma entidade forte para representá-lo, no enfrentamento à exploração, ou pretende enfrentar sozinho as decisões patronais e as medidas conservadores do governo e do Congresso Nacional.

A contribuição do trabalhador, vale reforçar, fortalece o Sindicato e impede que a categoria desapareça como uma força coletiva.

A outra alternativa para garantir a existência do movimento sindical brasileiro vem das negociações com o governo e o Congresso Nacional, que em sua maioria trabalha contra o País e os trabalhadores.

Eu, porém, prefiro ir até a porta da fábrica e ser questionado sobre os posicionamentos do movimento sindical.

Prefiro dizer, olhando nos olhos dos metalúrgicos: ou os trabalhadores contribuem com a manutenção da estrutura de lutas do Sindicato ou vamos depender dos que nos querem de joelhos.
Qual o caminho que os trabalhadores querem para o sindicalismo? Neste momento, a transparência e o olho no olho são o melhor dos caminhos!

Sim, estamos sendo testados!

Neste sentido, precisamos e iremos ampliar o diálogo com a classe trabalhadora e com a sociedade brasileira, comprovando o tamanho da importância histórica do movimento sindical para a democracia, para o crescimento produtivo, para a indústria nacional e para as boas relações de trabalho no Brasil.

Rodrigo de Morais, Diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e Secretário de Comunicação da Força Sindical SP

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