PUBLICADO EM 16 de jul de 2020
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Governo condena trabalhadores à precarização

Ao invés de proteger os trabalhadores, principalmente neste momento de pandemia, o governo só tem atacado os direitos e instrumentos de negociação da classe trabalhadora. Nesta terça-feira, 14, assinou uma portaria que autoriza as empresas recontratem imediatamente funcionários demitidos durante a pandemia. E o pior: com salário menor.

Ao invés de proteger os trabalhadores, principalmente neste momento de pandemia, o governo só tem atacado os direitos e instrumentos de negociação da classe trabalhadora. Nesta terça-feira, 14, assinou uma portaria que autoriza as empresas recontratem imediatamente funcionários demitidos durante a pandemia. E o pior: com salário menor.

Esta portaria contraria norma criada em 1992, que prevê fraude na ação e proibia a recontratação do trabalhador demitido sem justa causa antes do prazo de 90 dias.

É extremamente cruel e injusto que o governo, mais uma vez, atue com a suspensão de direitos justamente num momento de maior fragilidade econômica e social.

O ideal é que as demissões fossem desestimuladas, que a criação de uma agenda para a retomada da economia fosse prioridade. Mas, infelizmente, não é isso que a gente vê. Governo estimula a demissão, o achatamento dos salários, por meio de uma recontratação com salários mais baixos. É a precarização da experiência, da mão de obra, de anos de dedicação. É a total precarização do trabalho.

Ações como estas podem colocar os trabalhadores e trabalhadoras em situações ainda mais precárias. Também deixam cada vez mais claro que, além de lutar contra a covid-19, os trabalhadores precisam se organizar contra os ataques deste governo. Para isso, é necessário fortalecer a luta por direitos, fortalecer os sindicatos. Caso contrário, correm sérios riscos de serem demitidos e readmitidos, apenas se toparem reduzir seus salários.

Companheiro, companheira, não aceite a precarização. Não aceite cortes de direitos. Junte-se ao Sindicato e vamos, juntos, fortalecer os nossos direitos, a nossa categoria e impedir a nossa desvalorização quanto classe trabalhadora.

Jorge Nazareno é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco região

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