PUBLICADO EM 12 de jun de 2020
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Educador deve decidir como será seu retorno às aulas


Voltar às aulas, quando ainda não chegamos ao auge da pandemia, será uma decisão irresponsável, certamente induzida por motivação política e não por critérios de saúde.

Ao se planejar o retorno, os profissionais de educação devem ser ouvidos, devem participar na elaboração de protocolos de acolhimento, já que estamos na linha de frente da educação.

Não bastam critérios para a recepção de alunos nas escolas. Os seus pais e também os educadores devem ser ouvidos – e iremos ampliar o debate e até levar o caso ao ministério público, se a suspensão de aulas for relaxada antes que se tenha o controle do coronavírus.

Segundo os cientistas ainda não estamos no auge da pandemia. Portanto, não é aconselhável esta abertura irresponsável.

As educadoras, os educadores, os profissionais de educação, não estão sendo levados em consideração nem estão sendo representados nesta comissão. São os elementos principais desta relação e nesse acolhimento no retorno às aulas. Nós, profissionais da educação, também temos que participar desse acolhimento. E temos também que ter nossa opinião levada em consideração e ser respeitada.

As nossas vidas, o nosso bem estar, também estão em jogo.

Nós, na Federação dos Professores do Estado de São Paulo e seus sindicatos integrantes, estamos empenhados em fazer com que a voz do educador e da educadora sejam ouvidas.

Celso Napolitano é presidente da Federação dos Professores do Estado de São Paulo

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