PUBLICADO EM 25 de jun de 2020
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A campanha necessária

Não menosprezo a luta pela democracia e em defesa da Constituição de 1988. O elã democrático, que é vital, tem ocasionado a sucessão de manifestos públicos que, como obra em progresso, somam-se para produzir um único, abrangente e multipartidário, no qual o movimento sindical se reconhece e participa.

Não menosprezo a luta pela democracia e em defesa da Constituição de 1988. O elã democrático, que é vital, tem ocasionado a sucessão de manifestos públicos que, como obra em progresso, somam-se para produzir um único, abrangente e multipartidário, no qual o movimento sindical se reconhece e participa.

Também fazem parte deste movimento campanhas patrocinadas por empresas de comunicação e muitas outras entidades, à semelhança da campanha pelas Diretas Já.

Mas acredito que, sem menosprezo por todas estas iniciativas, a grande campanha nacional de que os brasileiros precisam hoje, com a tragédia da pandemia, é a campanha pelo isolamento social, com fluxo de auxílios emergenciais, de crédito às pequenas empresas, aos estados e municípios e de fortalecimento do SUS com valorização dos profissionais da saúde.

Em um momento grave em que a curva da doença e das mortes se empina, em que o pretenso “patamar” tranquilizador não existe e em que o desespero assoma e acarreta vacilações e medidas confusas e irresponsáveis de afrouxamento das regras, torna-se imperiosa a necessidade desta campanha forte contra a doença e o caos social, criando um polo orientador de comando reconhecido.

O governo Bolsonaro e seus sequazes bolsonaristas, que não exercem este papel, são cúmplices da doença e querem o caos social, situação em que pretendem fazer vicejar suas pretensões totalitárias e golpistas. Salles, Guedes e Cia querem se aproveitar da doença para fazerem “passar a boiada”; todos eles comprometem criminosamente a vida dos brasileiros com seus interesses mesquinhos e suas desinformações.

Sem o combate claro à doença, sem a defesa de auxílios emergenciais, sem segurança de comando nas regras de isolamento, cresce a desorientação popular.

A alienação da “classe política” em relação às aflições do povo ajuda a confundir ainda mais este quadro dantesco; ela precisa ser superada.

O movimento sindical unido pode e deve contribuir para este amplo movimento nacional de denúncia, de esclarecimento e de reivindicação dos trabalhadores e do povo contra a doença e contra o caos social.

João Guilherme Vargas Netto é consultor sindical

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