PUBLICADO EM 02 de out de 2025

Centrais sindicais repudiam prisão de brasileiros e ativistas por Israel

Centrais sindicais brasileiras repudiam ações de Israel, repudiam prisão de 12 brasileiros em missão humanitária e exigem libertação imediata, cessar-fogo e proteção governamental

Centrais sindicais repudiam prisão de brasileiros e ativistas por Israel

Centrais sindicais repudiam prisão de brasileiros e ativistas por Israel

As centrais sindicais brasileiras repudiaram nesta quinta-feira (2) as ações de Israel, que, de acordo com elas, oprimem e massacram milhares de inocentes palestinos de forma indiscriminada.

As entidades se referem a interceptação da Flotilha Global Sumud em águas internacionais. O grupo levava alimentos, medicamentos e suprimentos para vítimas do cerco ilegal imposto a Gaza.

Brasileiros entre os detidos

Cerca de 500 ativistas de 44 países participaram da missão humanitária. Entre eles, estavam 12 brasileiros, que, segundo centrais, atuaram com coragem e solidariedade internacional.

As organizações sindicais classificaram a ofensiva israelense como genocídio explícito. Elas afirmaram que a violência em Gaza revolta a opinião pública mundial e envergonha toda a humanidade.

As centrais convocaram sindicatos e movimentos populares a promover manifestações em todo o Brasil. Elas exigem libertação imediata dos ativistas e cessar-fogo imediato em Gaza.

As lideranças sindicais pediram que o governo brasileiro adote medidas urgentes para proteger os cidadãos detidos e rompa relações diplomáticas com Israel em protesto contra as ações.

Assinam o manifesto

O documento leva as assinaturas de Sérgio Nobre (CUT), Miguel Torres (Força Sindical), Ricardo Patah (UGT), Adilson Araújo (CTB), além de dirigentes de outras centrais nacionais.

Leia a íntegra da nota:

Centrais sindicais repudiam prisão de brasileiros e ativistas por Israel

Nós, das centrais sindicais brasileiras, manifestamos nossa veemente repulsa às ações do Estado de Israel, que oprime, violenta e massacra milhares de inocentes — crianças, idosos, mulheres e homens — de forma indiscriminada.

A mais recente ação criminosa foi a interceptação e o sequestro, em águas internacionais, de ativistas da Flotilha Global Sumud, que buscavam romper o cerco ilegal a Gaza para levar alimentos, medicamentos e outros suprimentos essenciais às vítimas das investidas do governo de Benjamin Netanyahu.

Entre os cerca de 500 ativistas sequestrados de 44 países, encontram-se 12 brasileiros, que corajosamente se lançaram nesta importante missão humanitária.

A situação é gravíssima. O genocídio explícito em Gaza horroriza e envergonha a humanidade. A opinião pública mundial se mostra cada vez mais revoltada diante das ações covardes e desproporcionais do governo de Israel contra o povo palestino.

Diante disso:

Conclamamos nossas organizações sindicais e populares a promover manifestações e protestos em todo o país, exigindo a imediata e incondicional libertação dos sequestrados.

Conclamamos também o governo brasileiro a tomar medidas para proteger a vida dos brasileiros envolvidos e romper relações com o Estado de Israel.

Pare o genocídio em Gaza! Cessar fogo já!

São Paulo, 2 de outubro de 2025

Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)

Miguel Torres, presidente da Força Sindical

Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)

Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

Moacyr Tesch Auersvald, presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)

Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)

Nilza Pereira, secretária-geral da Intersindical

José Gozze, presidente da Pública

Luis Carlos Prates (Mancha), executiva da CSP-Conlutas

Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

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