PUBLICADO EM 26 de jul de 2018
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Bancários deixam reunião com Fenaban sem garantia de emprego a trabalhadores

“Se dizem que não vão contratar intermitentes, temporários, terceirizados, por que não assinam?”, questiona dirigente. Foi a quarta reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, até agora sem avanço.

Foto: Contraf-CUT

São Paulo – Em mais uma rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na tarde desta quarta-feira (25), não houve acordo em relação à reivindicação de garantia de emprego no setor e redução de contratações consideradas precárias. Na próxima rodada, a quinta e última, na quarta-feira da semana que vem (1º), a entidade patronal deverá apresentar uma proposta de reajuste salarial e de PLR (participação nos lucros e resultados). A categoria tem data-base em 1º de setembro.

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, lembra que de janeiro de 2012 a junho deste ano o setor financeiro fechou 57.045 postos de trabalho. “Neste período, o lucro dos bancos apresentou forte crescimento. Portanto, a redução do emprego não esta vinculada a problemas de resultado ou queda de atividade, mas sim a uma reestruturação no setor, com uma nova onda de tecnologias poupadoras de mão de obra, além da terceirização via correspondentes bancários”, analisou.

“A tecnologia não pode ficar a serviço apenas dos banqueiros. É preciso transações seguras, com a redução do valor das taxas para população e melhores condições de trabalho para a categoria”, acrescentou Ivone, que também integra a coordenação do Comando Nacional. Os sindicalistas lembram ainda que, no primeiro semestre, o salário médio dos contratados correspondeu a apenas 64% do que recebiam os demitidos.

“Se dizem que não vão contratar intermitentes, temporários, terceirizados, por que não assinam?”, diz a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional. “Queremos garantias. Negociação prevê assinatura, é assim que se firma compromissos”, afirma, criticando as mudanças em curso no país, incluindo a “reforma” trabalhista. “Esse tipo de legislação retira direitos, enfraquece o mercado interno, o sistema previdenciário. Todos perdem para o 1% mais rico ganhar ainda mais.”

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