Colunista João Guilherme Vargas Netto

Centrão, 600 reais e caos social

O presidente Bolsonaro apoiado nas duas pilastras do bolsonarismo, as redes sociais robotizadas e as milícias bandidescas ou oficiosas, procura desenvolver suas três táticas provocadoras em prejuízo do povo e do combate à pandemia.

A segunda onda

O movimento sindical encontra-se apertado entre duas tenazes: a batalha pelo isolamento social e até pelo lockdown e a luta para garantir empregos, salários e direitos dos trabalhadores em uma situação de grave depressão econômica.

A cada dia sua aflição

Com os brasileiros assolados pela tragédia do coronavírus quase não se pode falar do que não seja uma nova preocupação, preocupação até mesmo com os amigos doentes.

Três assembleias fortes e emocionantes

Na segunda-feira, 4 de maio, houve a volta parcial ou total ao trabalho nas empresas fabris do Paraná. Na véspera, domingo, o sindicato dos metalúrgicos de Curitiba em reunião virtual durante a tarde preparou a diretoria, os ativistas e os trabalhadores para a retomada, enfatizando as medidas de prevenção a serem adotadas desde a saída de casa até as instalações fabris.

O ovo da pata e o ovo da galinha

Cenas chocantes

Os comerciantes de Campina Grande estão com medo. Eles e as torcidas do Corinthians e do Flamengo. Estão com medo de quê os comerciantes da Paraíba?

Saúde, Emprego, Renda e Democracia

Amanhã, dia 28 de abril, o mundo prestará atenção às vítimas de acidentes de trabalho e de doenças profissionais, como faz todo ano. Neste, o foco será a solidariedade aos trabalhadores da saúde que enfrentam o coronavírus e são atingidos pela doença.

Uma grande iniciativa

Grande lição política que os dirigentes sindicais dão à toda sociedade e aos partidos, demonstrando o que se pode fazer – e o que se deve fazer corretamente – em momentos de pandemia.

Presteza, correção e coletividade

Dois nomes nefastos

Na luta do povo brasileiro contra o coronavírus e dos trabalhadores para garantir sua relevância e a de seus representantes sindicais, dois nomes encarnam os procedimentos dos mais detestáveis adversários: Jim Jones e Gérson.

Quatro tarefas

A MP 936 tem sua razão de ser. O que não se admite é a individualização dos acordos e o tratamento desigual que precariza no interior de cada empresa o peso dos trabalhadores e estimula a violação dos seus direitos.

Check list

Acho que todos os trabalhadores entendem a expressão inglesa do título: lista de controle. A necessidade da lista de controle das atividades sindicais é vital porque como escreve o professor Belluzzo “os trabalhadores, assalariados ou informais, são o grupo de risco da pandemia econômica”.

Contra a MP 936

As direções sindicais têm mantido sua capacidade de ação e de coordenação por meios eletrônicos. As modernas tecnologias têm servido para divulgar orientações para a base e para a realização de reuniões não presenciais com os dirigentes, os empresários, os políticos e administradores, os membros do judiciário e do Ministério Público, os formadores de opinião e os jornalistas.

Ousadia

Vou cometer uma auxese epitrópica, um exagero em que se afirma algo que pode ser contestável. A pandemia tem colocado para os brasileiros dois desafios: enfrentar o coronavírus, evitando a Covid-19 e se desvencilhar do bolsonavírus, respeitando a Constituição.

A hora é agora

Os povos do mundo, cada um a seu modo, estão enfrentando a epidemia global do coronavírus. Infeliz do país que não tem, numa hora dessas, uma liderança forte, esclarecida e respeitada por todos.

Responsabilidades aumentadas

Hora de união

Embora os terraplanistas neguem a humanidade e, portanto, os brasileiros atravessam uma grave crise. A pandemia se alastra provocando um severo desarranjo na vida das pessoas e forçando cada sociedade (e seus governantes responsáveis) a adotar medidas visando sua contenção e a diminuição de sua letalidade.

Descascando cebolas

Para diminuir o frenesi e controlar o pânico é preciso articular o pensamento sobre a realidade como uma cebola, com suas várias camadas.

Com unidade

Ambiente tóxico

Na cobertura da Folha (dia 4) sobre as tratativas inflamadas no Congresso Nacional a respeito do orçamento, das emendas parlamentares e dos vetos presidenciais, quero citar o pé da matéria (assinada por sete jornalistas) que é autoexplicativo.

Tripé equilibrado

Para agir corretamente nos dias de hoje é preciso equilibrar o tripé com a defesa da democracia, o respeito às instituições e a exigência de medidas emergenciais que aliviem o sufoco do povo.

As rosas e os espinhos

No mesmo dia em que os jornalões anunciaram em suas primeiras páginas que a Petrobras havia tido o maior lucro de sua história os ativistas da FUP reuniram-se em assembleias para aprovar a suspensão de seu movimento grevista de quase três semanas de duração.

O aperto na geringonça

Não posso deixar de comentar a conjuntura política das duas últimas semanas, concomitante à greve dos petroleiros. Embora a maioria dos analistas venha falando em militarização do governo, com cerco a Bolsonaro, acredito que as iniciativas dele visam dar mais funcionalidade a seu governo, inclusive na relação com o Congresso e às futuras eleições.

Derretendo o iceberg

O grande escritor alemão Goethe dizia que a moda é a tradição instantânea. O novo normal não é tradição porque é novo e não é instantâneo porque se acumula. O novo normal não é uma moda.

Voo de galinha

O voo de galinha, que é real, contraria as teses catastrofistas e impõe aos dirigentes um comportamento mais inteligente em sua resistência junto com os trabalhadores.

Um novo normal

Todo fenômeno social complexo que envolve grandes números necessita de critérios classificatórios para sua melhor compreensão.

O jogo recomeça

Reunidas nesta segunda-feira, dia 27, no Dieese em São Paulo, todas as centrais sindicais (a que não compareceu já confirmou sua adesão) começaram o ano apresentando um calendário de atividades. A primeira mobilização será no dia 3 de fevereiro, na Fiesp, quando as direções e ativistas protestarão contra as posições do presidente Paulo Skaf que, abandonando de vez uma pauta desenvolvimentista e produtivista, endossa o desmonte da indústria, trai os industriais e os industriários e se aninha no colo de Bolsonaro (que será recebido para um almoço de 200 talheres).

Responsabilidades maiores

Apesar das deficiências o Salariômetro da FIPE que mede os resultados das campanhas salariais é um dos poucos instrumentos públicos de controle da ação sindical.

Passe livre para o desempregado

Em São Paulo o direito existe há muito tempo em lei aprovada pela Câmara de Vereadores e sancionada pela Prefeitura, mas que não se exerce devido a “dificuldades técnicas de regulamentação”, o que é um absurdo.

Trancos e barrancos

Para evitar que se repita mais vezes durante o ano o erro que as direções sindicais, dos aposentados e dos partidos de oposição cometeram nestes dias de janeiro é preciso que se critique, com ênfase, a clamorosa manifestação de insensibilidade frente às agruras dos trabalhadores e do povo e a facilidade com que a geringonça de Bolsonaro avança com o silêncio obsequioso delas.

Êxito sindical

Sofrendo uma recessão longa e continuada e as agressões aos sindicatos e trabalhadores o movimento sindical viu cair – e muito – a taxa de sindicalização depois dos desastres de 2015-2016.

Início de ano

O emprego conquistado tem incidência exígua e características medíocres com grande informalidade e deterioração crescente de salários, mas servirá de colchão social e de base para as demagogias antissindicais do governo.

Pequenos passos firmes

Determinar com precisão o verdadeiro e possível empenho na luta para alcançar vitória deve ser mais que inteligência, é obrigação.

Diplomação e posse em Curitiba

Convidado, compareci e dou o testemunho da grandiosidade da cerimônia de diplomação e posse dos diretores eleitos do sindicato dos metalúrgicos da grande Curitiba para um mandado até 2024.

Em defesa do papel impresso

Nas guerras da comunicação o papel impresso anda levando uma goleada das mídias digitais. De acordo com o site Poder 360, de dezembro de 2014 a outubro de 2019, no Brasil, a evolução da circulação impressa de uma amostra de dez veículos grandes caiu em média 52%, enquanto a evolução em média da circulação digital (assinaturas pagas) de nove destes veículos aumentou 96%, com os espetaculares 322% do Valor Econômico.

As batalhas de 2020

Para dizer platitudes preguiçosas é melhor ficar calado; para tentar explicar e confundir ainda mais é melhor ficar calado; para insistir no erro e não corrigi-lo é melhor ficar calado.

Primeiro passo

Uma coisa é certa: Guedes e Cia querem fazer no Brasil o que o FMI fez na Grécia em 2010 (veja a descrição disto no livro de Paulo Nogueira Batista Jr. – “O Brasil não cabe no quintal de ninguém”, da editora Leya Brasil, especialmente na página 203).

Sem o apoio dos trabalhadores, nada feito

Quando um grupo é atacado por um adversário poderoso que agride seus interesses, sua coesão e sua experiência há nas respostas possíveis uma gradação que vai desde a aceitação, passa pela contenção de danos e pela resistência e chega à contestação, tudo junto e misturado.

Orientação e defesa

Uma semana tumultuada com mistura de boas e más notícias. A conjuntura econômica mantém-se travada apesar dos votos mal intencionados de quem a vê avançar propagandisticamente com passos de tartaruga. A conjuntura social é de desencanto com enormes expectativas de um lado e enormes preocupações de outro. A conjuntura política passa a depender das atitudes que as lideranças tomarão, olhando para o povo ou olhando para seus respectivos apoiadores ou para si próprios.

Escorrega do bolsonarismo, cai no liberalismo

Há um substrato no bolsonarismo que é o seu apoio do mercado e do rentismo configurado, por exemplo, na manchete da entrevista dele no domingo, 6 de outubro, às jornalistas Tânia Monteiro e Andreza Matais do Estadão: “Economia é 100% com Guedes e não tem plano B”.

Boneco de piche

Viva o Sindicato dos Engenheiros

O Sindicato dos Engenheiros de São Paulo comemorou ontem, dia 25, os seus 85 anos de existência com grande evento festivo e com o lançamento de um livro sobre sua história produzido e editado por seu departamento de comunicação.

Valorizar o SUS

Um dos maiores erros estratégicos do novo sindicalismo brasileiro foi o de subestimar o sistema público de saúde, mesmo antes da instituição do SUS (artigo 196 da Constituição) na qual não teve participação efetiva.

BRICS sindical

Esta semana, em Brasília, reuniram-se as delegações sindicais dos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para discutirem “questões relativas ao mundo do trabalho e à promoção da democracia e dos direitos e interesses dos trabalhadores e trabalhadoras”, segundo a declaração final aprovada.

Nem sentar à mesa, nem pisar nas minas

Mesmo sem usar nenhuma metáfora belicista ou gastronômica considero um erro qualquer tentativa de aproximação amigável da direção sindical com o governo Bolsonaro.

O PEER e os engenheiros

O sindicato dos engenheiros de São Paulo convidou o ex-ministro Aloízio Mercadante para apresentar aos seus diretores o Programa Emergencial de Emprego e Renda elaborado por ele e um grupo de economistas do PT, da Unicamp e do Dieese.

Respeito à Constituição

A cabeça nas nuvens ou os pés no chão

Protagonismo

Uma coisa é certa na história sindical e política do Brasil nos últimos 70 anos: o protagonismo dos metalúrgicos de São Paulo, de seu sindicato e de seus dirigentes. Ofuscados às vezes em períodos com predominância relativa de outras categorias de trabalhadores ou por representações sindicais de metalúrgicos de outros estados e mesmo de outras cidades de São Paulo, o sindicato da Rua do Carmo e do Palácio dos Trabalhadores fez e continua fazendo história.

Passividade aparente

Não quero discutir a alienação, a incompreensão e o desleixo do andar de cima (na expressão do meu amigo Elio Gaspari) com o drama vivido por milhões de brasileiros desempregados ou sem trabalho.

Obsessão

Aliados ativos

Alguém que lê os jornais preocupado com a situação dos trabalhadores é bombardeado todo dia com as notícias mais aterradoras.

Contenção de danos

Quando a situação é adversa e a correlação de forças muito desfavorável uma estratégica de resistência pressupõe que se use a tática da contenção de danos. Foi o que aconteceu na discussão, na apresentação de emendas e na votação da MP 881 na Câmara dos Deputados.

Agir imediatamente

O PEER exige a máxima participação dos partidos e personalidades da oposição e o apoio forte dos trabalhadores muito além de sua elogiável origem petista.

Caldeirão da bruxa

Passada a euforia (deles) pela aprovação na Câmara dos Deputados da deforma da Previdência e seu envio para o Senado, ele será obrigado a votar o mesmo texto aprovado (sem modificações como aconteceu na votação senatorial da deforma trabalhista), mas tentará aprovar uma esdrúxula PEC paralela que pode contrabandear a capitalização.

Tempi Duri

A pauta econômica do governo, que tem com um dos fundamentos a depreciação do trabalho e a desvalorização do movimento sindical, encontra eco e apoio no empresariado e na mídia grande e provoca nas redes sociais uma algaravia que nos confunde.

Desabafo

Pois bem, é triste de se dizer, mas há dirigentes sindicais, ativistas sindicais e trabalhadores de base que acalentam tais ilusões. Elas vão se desfazendo a cada dia, mas também a cada dia a esperteza e a velhacaria vão criando novas.

Esteio imprescindível

Inúmeras manifestações sindicais, milhares de assembleias de trabalhadores, a luta pelo abaixo-assinado, a greve geral que foi marcante, as alianças com outros setores em luta e as reuniões com parlamentares marcaram todo o primeiro semestre, mas não foram suficientes para mudar a correlação congressual de forças.

Dois pontos de vista

Vistos a partir do Congresso Nacional são tantos os temas graves, que um dirigente sindical experimentado tem justificadas dúvidas a respeito de como enfrentá-los todos e com eficácia na abertura dos trabalhos legislativos.

Luta contra a MP 881

Um dos exemplos fortes da confusão que se procura causar em nossas fileiras é a MP 881, dita da “liberdade econômica” e que deverá ser votada logo após terminarem os trâmites da deforma previdenciária na Câmara dos Deputados e no Senado.

A sopa das bruxas

As bruxas de Macbeth bem que poderiam ter preparado com seus ingredientes nojentos o que saiu da comissão especial do Congresso que analisou a MP 881, dita da “liberdade econômica”. Foram acrescentados, como artifícios de feiticeira, aos 19 artigos originais da MP outros 55 que alteram no que diz respeito as relações do trabalho pelo […]

Rumo certo na ação unitária

A batalha em defesa da aposentadoria foi perdida no Congresso Nacional quando enfrentou três adversários fortes: o rentismo (e sua caixa de ressonância na mídia), o bolsonarismo (e sua ideologia conservadora e neoliberal) e Rodrigo Maia que comandou habilmente suas hostes congressuais com ajuda de emendas aos parlamentares pelo governo (impagáveis).

O acordo Mercosul-UE

Pelo que se sabe até agora o acordo é abrangente e envolve vários aspectos: comerciais, tarifários, industriais, com cláusulas ambientais e de proteção à ação sindical e de combate ao trabalho infantil e ao trabalho escravo. Ele contém, segundo o anunciado, cláusula de precaução que significa que qualquer um interessado pode denunciar um ou outro aspecto dele.

Assim é que se trabalha bem

As centrais sindicais reuniram-se em São Paulo no dia 28 de junho para balancear o resultado de suas iniciativas e da luta dos trabalhadores, em particular os esforços feitos no Congresso Nacional para aplicar as duas táticas intuitivas contra a pretendida deforma previdenciária de Guedes e Cia. e determinar a continuidade da luta durante as férias escolares e os recessos judiciário e parlamentar.

Protagonistas relevantes

Em uma conjuntura recessiva que se prolonga e causa inúmeras dificuldades à luta dos trabalhadores (a queda do valor dos reajustes salariais e a perenização do desemprego) as direções sindicais, garantindo sua unidade de ação, vão se afirmando como protagonistas relevantes dos embates políticos e sociais em curso.

Duas táticas

Depois da grande manifestação unitária do dia 14 de junho com suas três bandeiras da defesa da Educação, da exigência da criação de empregos e do repúdio à deforma previdenciária, a direção sindical deve discutir no Congresso Nacional, com deputados e senadores, suas posições.

Passo à frente

Como se tratava de uma demonstração de força e de unidade não houve, como consequência da greve, uma mudança efetiva na correlação de forças políticas e sociais, mas houve um acúmulo de forças no campo sindical e um esclarecimento maior dos trabalhadores e da sociedade

Que assim seja

Bandeiraços nas ruas, coleta de assinaturas do abaixo-assinado, assembleias nos locais de trabalho, reuniões para organização da jornada, feitura e distribuição de materiais e esforço para difundir nas mídias grandes e nas mídias sociais a palavra de ordem da greve e sua motivação preenchem os dias que nos separam da sexta-feira.

Poética

Em São Paulo uma aguerrida plenária estadual (03/06) traçou as diretivas e determinou as tarefas. Em Brasília a plenária nacional dos transportes (05/06) aprovou unanimemente fazer a greve e a assembleia dos metroviários de São Paulo (06/06) confirmou o voto.

Dia, hora, minuto

A greve tem que ser poderosa, afirmativa, abrangente, com paralisação nas grandes empresas fabris, nos transportes, no comércio (agora que os comerciários e seus sindicatos foram agredidos pelo decreto presidencial que libera desorganizadamente o trabalho aos domingos), nos canteiros de obras, nos bancos e em todos os setores produtivos relevantes. O Brasil tem que parar na sexta-feira, 14 de junho, demonstrando aos deputados e senadores a oposição da maioria à deforma que elimina as aposentadorias.

Empenho mobilizador e unitário

A cobertura da mídia grande de maneira unânime ressaltou o apoio dos manifestantes às deformas, mas não pode deixar de dizer que ele se chocará com a vontade da população quando ela for confrontada, por exemplo, com a deforma previdenciária.

Bom termo da caminhada

Três semanas nos separam do dia 14 de junho data prevista para a greve geral contra a deforma da Previdência e o fim das aposentadorias. Neste intervalo de tempo estão programadas em todo o Brasil duas manifestações de rua: as do dia 26 de maio dos extremados bolsonaristas contra o STF, o Congresso Nacional e o “sistema” (talvez insuflados pelo próprio presidente que, no entanto, não participará delas) e as do dia 30 de maio dos estudantes, professores e diretores contra os cortes nas universidades e nos institutos técnicos federais e contra as agressões do ministro Cacho de Uva à Educação e a seus representantes (apesar do recuo ministerial nos cortes).

Confusão no ar

Quando a fina flor dos economistas da banca são unânimes em afirmar, destilando pessimismo, que o governo perdeu o momento mágico de fazer as deformas; quando apoiadores do presidente convocam atos de rua contra o Supremo Tribunal Federal, contra o Centrão e contra o “sistema” e quando, renitentemente, o travamento da economia se transforma em recessão e depressão com o desemprego nas alturas é hora de persistir no caminho apontado pelas manifestações do dia 15.

Garantir a segunda vitória

Um tsunami cívico nacional em defesa da Educação tomou conta das ruas do Brasil surpreendendo o presidente da República que havia profetizado também um tsunami, mas não o que aconteceu e cujos milhões de participantes foram por ele insultados como “idiotas úteis que não sabem quanto é 7 x 8, nem a fórmula da água”.

Unir, unir, unir!

A mobilização do pessoal da educação (pública e privada) foi reforçada pelo apoio das Centrais Sindicais que, empenhadas na coleta de assinaturas contra a deforma da previdência, consideram a jornada de greve do dia 15 de maio um “esquenta” para a greve geral de 14 de junho.

Ouvir estrelas

As diversas iniciativas de luta, de mobilização e de protesto terão mais sucesso quanto mais se ativerem às suas pautas originais e autênticas de repúdio aos cortes, de reivindicação econômica, de negação das políticas públicas reacionárias, de protesto contra a deforma da Previdência.

Parabéns a Nexo

Quero chamar a atenção dos leitores para a publicação do Nexo Jornal (https://www.nexojornal.com.br/grafico/2019/05/02/O-perfil-das-pessoas-associadas-a-sindicatos-no-Brasil-em-2017) “O perfil das pessoas associadas a sindicatos no Brasil em 2017”, assinada por Caroline Souza e Gabriel Zanlorenssi.

A pedagogia do sucesso

O repúdio à deforma Previdenciária do governo foi unânime, apesar de algumas ressalvas que não levaram em conta o desprezo de Bolsonaro pelo movimento sindical.

Viva o 1º de Maio!

Às vésperas das grandes manifestações unitárias do 1º de Maio o mais prudente é desejar que os esforços das direções sindicais sejam recompensados pelo comparecimento maciço dos trabalhadores e trabalhadoras.

O invisível e a cegueira

Ainda há tempo (mais que uma semana) para nos empenharmos na coleta de assinaturas nos locais de trabalho do abaixo-assinado contra a deforma da Previdência. Centenas de milhares de assinaturas, de trabalhadores e trabalhadoras, serão a grande demonstração do primeiro de 1º de maio unificado que as centrais sindicais vão realizar.

Posições firmes

À margem do puramente espetaculoso, quatro assuntos graves devem ocupar nossa atenção e orientar nossas ações. Os três primeiros são expressões diretas da luta de classes e o quarto é institucional, mas nem por isso menos grave.

Persistir sem desculpas e sem medo

Muitas desculpas são dadas, mas não são convincentes. Uma delas é a de que o cabeçalho dos abaixo-assinados reproduz apenas as logomarcas das centrais, sem o destaque para a entidade de base que os distribui. Isto pode ser facilmente sanado com os meios de reprodução existentes.

Assine você também

Tomada a decisão histórica de realizarmos o 1º de maio unificado, as quase três semanas que nos separam desta data devem ser exaustivamente aproveitadas para levarmos o abaixo assinado unitário contra a deforma previdenciária aos locais de trabalho e garantirmos milhões de assinaturas.

Os pés e a cabeça

O modelo sindical adotado no Brasil desde a década dos anos 40 do século passado que se consolidou em duas constituições democráticas e atravessou a própria ditadura militar garantiu a existência de um dos mais fortes movimentos sindicais do mundo.

A saída é a entrada

É claro que o movimento sindical precisa continuar resistindo para garantir sua sobrevivência enfrentando as adversidades. As entidades sindicais (principalmente os sindicatos) devem realizar fortes campanhas de ressindicalização e oferecerem aos associados e às categorias neosserviços úteis, modernos, atraentes e remunerados.

Salário mínimo: uma luta difícil

Vale a pena lembrar que a política de valorização do salário mínimo foi aprovada maciçamente pela Câmara dos Deputados em 29 de julho de 2015 com os votos contrários de apenas 12 deputados, entre eles o do atual presidente Bolsonaro. Em decreto assinado em seu primeiro dia de mandato ele foi obrigado pela lei a garantir aumento real, mesmo contra sua vontade e a de seus apoiadores.

Mais que o esperado, menos (ainda) que o necessário

O dia 22 de março foi, na conturbada conjuntura política e apesar dela, uma jornada positiva que superou as expectativas. Esta vitória, ao invés do relaxamento, deve nos impulsionar a fazer mais, diariamente, com os trabalhadores, com os aliados (como a OAB e a CNBB, por exemplo), com as forças políticas – o necessário para derrotar a deforma.

Uma nota lamentável

Aqueles que leem o que venho escrevendo percebem que quase nunca critico publicamente alguma ação sindical que considero errada e nunca individualizo críticas a tal ou qual dirigente ou ativista por seu erro eventual.

Persistir (agora) no acerto

Enquanto se trava no Congresso esta complexa luta em várias frentes que exigirá discernimento e cooperação entre parlamentares e entidades sindicais responsáveis a vida não espera.

Conversa dura

Depois de reconhecer as dificuldades dos trabalhadores e do movimento sindical, dificuldades decorrentes da severa e renitente recessão, da lei trabalhista e agora das medidas do governo, o dirigente preocupou-se em pormenorizar as táticas compatíveis com a situação dos sindicatos e com a necessidade de resistência.

Rotundo não

O governo deu mais uma pancada forte no movimento sindical com a MP 873, editada às vésperas do Carnaval, que exige autorização individual dos trabalhadores (incluindo os funcionários públicos) para qualquer contribuição aos sindicatos e determina o pagamento por boleto bancário.

Salário mínimo

Tudo deve ser feito para resistir à PEC da deforma previdenciária e para impedir que o governo tenha os 308 votos de deputados na Câmara para aprová-la. Isto é certo e a convocação pelas Centrais Sindicais de atos mobilizatórios, nos dias 22 e 29 de março, de visitas a parlamentares e manifestações nos aeroportos e […]

A história é viva em suas lições

Quando se abriu o ano legislativo de 1983 o MDB que havia obtido importantes vitórias eleitorais no ano anterior definiu que sua atuação congressual teria como orientação estratégica a luta pela instalação de CPIs que investigassem as ações do governo do general Figueiredo.

A razão do Dr. Arouca

Em seus monumentais Comentários à Legislação Sindical, recentemente publicados, o professor José Carlos Arouca ao escrever sobre um novo sindicato – uma organização especial da classe trabalhadora considerada como um todo – pergunta: “Então por que um quadro de associados? Melhor seria, por certo, um sindicato geral, de todos”.

A primeira batalha

Não se pode dizer que a plenária sindical de quarta-feira, dia 20, na Praça da Sé em São Paulo seja a batalha decisiva contra a deforma previdenciária. Isto porque a luta está apenas começando e percorrerá um longo caminho nas portas de fábrica e nos locais de trabalho, no Congresso Nacional e nos partidos, nos veículos de comunicação e nas redes sociais e nas ruas. Também porque até a manhã do dia 20 não se saberá ao certo qual deforma previdenciária pretenderá realizar o governo.

Boas maneiras?

Uma regra dos manuais de boas maneiras manda que se responda sempre uma carta recebida. O presidente Bolsonaro não tendo respondido até hoje a carta que lhe foi enviada no primeiro dia de seu governo pelas seis centrais sindicais reconhecidas incorre em violação desta regra mundana de bom tom, a menos que os serviços burocráticos da presidência e a própria internação hospitalar do presidente tenham dificultado o gesto de cortesia.

Bruno Covas precisa dialogar

O funcionalismo manifestou-se maciçamente contra com manifestações impressionantes e pacíficas (do lado dos funcionários), mas a confusão deliberada dos projetos, as sucessivas manobras regimentais e a chantagem do executivo, aliadas à desmobilização decorrente das férias e das festas natalinas garantiu a aprovação.

Casamento enganoso

O título é o de uma das novelas exemplares de Cervantes em que um jovem casa enganado e, além de perder os bens, vai para um hospital tratar uma doença venérea.

O Brasil Metalúrgico disse a que veio

O assunto: a tentativa da GM de enfrentar suas crises descarregando sobre os trabalhadores os custos dela, com a flexibilização de direitos e chantageá-los perante as autoridades públicas com a ameaça de fechamento de fábricas

Corrigir o descalabro

Junto com a indignação, com a tristeza e a solidariedade, é preciso manter a chama da resistência e o empenho de corrigir o descalabro.