PUBLICADO EM 03 de jun de 2020
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Ir para as ruas, agora?

O movimento sindical através de seus dirigentes tem cumprido, desde o memorável 1º de Maio virtual, suas tarefas defendendo os trabalhadores, reafirmando a relevância do sindicalismo e propondo a união nacional contra a pandemia, contra o caos social e pela democracia.

O movimento sindical através de seus dirigentes tem cumprido, desde o memorável 1º de Maio virtual, suas tarefas defendendo os trabalhadores, reafirmando a relevância do sindicalismo e propondo a união nacional contra a pandemia, contra o caos social e pela democracia.

Acossado pela doença, que não dá trégua, defende o isolamento social e estritos protocolos sanitários nas empresas essenciais em funcionamento. Exige também, com ênfase, o auxílio imediato ao povo trabalhador informal e às micros e pequenas empresas. Repudia a mal intencionada ajuda às empresas que estimula as demissões e defende a manutenção dos empregos.

No campo político e social mais amplo as centrais sindicais defendem a validade dos vários manifestos democráticos e trabalham para que seus apoiadores (que são milhares) se convençam da necessidade de um super-manifesto com a fusão de todos eles em um único preâmbulo que precede as assinaturas e no qual, sem discriminações, compareçam os trabalhadores e suas posições que são, sinteticamente, a luta contra a doença e o fortalecimento do SUS, a exigência do pagamento imediato de todos os auxílios emergenciais para os trabalhadores e as micros e pequenas empresas, a defesa dos direitos dos trabalhadores e dos direitos sindicais e a participação ativa do Estado no enfrentamento da crise sanitária, econômica e social.

Os dirigentes que têm cumprido unitariamente as tarefas específicas do movimento sindical não sentem a coceira das manifestações de rua, até mesmo porque já realizaram inúmeras assembleias presenciais quando necessário e tomando todas as precauções.

Ir às ruas hoje, mesmo com as melhores intenções, quebra o isolamento social que ainda é necessário e expõe (como comprovado com nossa experiência desde 2013) os manifestantes à sanha repressiva dos milicianos e às provocações de serviços mais ou menos secretos. Ainda não é nas ruas que a correlação de forças se modificará.

A hora é a do acúmulo de forças e da criação de um movimento forte de opinião pública contra a pandemia, contra o caos social e pela democracia, no qual se inscreve o movimento sindical e os trabalhadores.

João Guilherme Vargas Netto
Consultor Sindical

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