PUBLICADO EM 20 de ago de 2020
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Até julho, 13,3 milhões de pessoas submeteram-se ao teste para Covid-19 no Brasil

Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

Cerca de 13,3 milhões de pessoas (6,3% da população) realizaram algum teste para diagnóstico da Covid-19 até julho. Desse total, 2,7 milhões (20,4%) testaram positivo para a doença causada pelo novo coronavírus. Esses dados são da PNAD COVID19 mensal, divulgada hoje (20) pelo IBGE.

Entre os testes para diagnóstico da doença, as pessoas poderiam ter realizado o exame com material coletado na boca ou nariz com o cotonete (swab); o teste rápido com sangue coletado por um furo no dedo; ou o exame com sangue retirado da veia do braço.

“Os testes foram realizados por homens e mulheres na mesma proporção (6,2% e 6,4%, respectivamente), mas, principalmente, por pessoas de 30 a 59 anos de idade (9,1%). Quanto maior o nível de escolaridade e a renda, maior foi o percentual de pessoas que fez algum teste”, acrescentou a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.

O Distrito Federal (16,7%) foi a unidade da federação com o maior percentual de testes realizados desde o início da pandemia, seguido por Amapá (11,0%) e Piauí (10,5%). Por outro lado, Pernambuco registrou o menor percentual (4,1%) de exames realizados, assim como Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul, os três estados com 4,5%.

22,4% da população tinham alguma comorbidade em julho

A pesquisa também constatou que 47,2 milhões de pessoas tinham alguma comorbidade que pode agravar o quadro clínico de um paciente com a Covid-19. Hipertensão foi a mais frequente (12,8%). As outras foram asma ou bronquite ou enfisema (5,7%); diabetes (5,3%); depressão (3,0%); doenças do coração (2,7%) e câncer (1,1%). “O percentual de pessoas com alguma dessas doenças crônicas que testou positivo foi de 1,6%”, acrescentou Maria Lúcia.

49,2 milhões de pessoas seguiram o isolamento social rigorosamente

Em julho, 4,1 milhões de pessoas não tomaram nenhuma medida restritiva de isolamento para evitar o contágio pelo coronavírus. Já 64,4 milhões reduziram o contato físico, mas continuaram saindo de casa, enquanto 92,0 milhões ficaram em casa e só saíram em caso de necessidades básicas. Cerca de 49,2 milhões, ou 23,3% da população, ficaram rigorosamente isolados.

“Essas medidas mais restritivas de isolamento foram seguidas, sobretudo, pelas mulheres, crianças até os 13 anos e idosos. Cerca de 84,5% dos idosos ficou rigorosamente em casa ou só saiu em caso de necessidade”, disse a coordenadora da pesquisa.

Quase todos os domicílios possuem máscara e itens de higiene

A pesquisa também mostra que, em julho, quase todos os 68,5 milhões de domicílios tinham itens básicos de higiene e proteção contra a Covid-19, como sabão ou detergente para higienizar as mãos (99,6%), máscara (99,3%) e água sanitária ou desinfetante (98,1%) para limpeza da casa.

O álcool 70%, indicado para uso contra o vírus, estava presente em 95,8% dos domicílios. Já as luvas descartáveis em somente 43,2% dos lares. Esses dois itens eram menos comuns nas casas de menor renda e nas regiões Norte e Nordeste.

Número de pessoas com sintomas conjugados cai em julho

A pesquisa revela ainda que caiu para 2,1 milhões o número de pessoas que se queixaram de sintomas conjugados relacionados à síndrome gripal e que podiam estar associados à Covid-19: perda de cheiro ou sabor (1,8 milhão de pessoas); febre, tosse e dificuldade de respirar (666 mil); e febre, tosse e dor no peito (540 mil). Em junho, eram 2,4 milhões com sintomas conjugados.

Em julho, 1,3 milhão de pessoas, entre aquelas que apresentaram algum dos sintomas conjugados, procuraram atendimento em estabelecimento de saúde, 200 mil a mais que o mês anterior. A maioria dessas pessoas (75,7%) procurou atendimento em estabelecimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). Ao todo, 71 mil ficaram internadas em hospitais.

Fonte: IBGE

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