PUBLICADO EM 08 de abr de 2019
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Vélez por Weintraub é seis por meia dúzia

Após a demissão de Ricardo Velez do MEC, Jair Bolsonaro anunciou, pelo Twitter, Abraham Weintraub como o novo chefe do Ministério da Educação. O presidente afirmou que trata-se de alguém que “sabe gerir as questões” da pasta, “sabe conversar e é uma pessoa mais ou menos da minha linha”. Weintraub, que era secretário-executivo da Casa Civil, a exemplo de Vélez, tem proximidade com Olavo de Carvalho, guru da ala ideológica do governo. Mais uma vez o presidente escolheu um nome afinado ideologicamente com o autointitulado filósofo, embora defenda que ele não tem vinculação direta com os grupos que disputam espaço.

Segundo um perfil levantado pelo Valor Econômico, de novembro do ano passado, quando seu nome estava cotado na transição para secretário executivo da Casa Civil, Weintarub havia sido sócio na Quest Investimentos, diretor do Banco Votorantim, membro do comitê de trading da BM&F Bovesp, conselheiro da Ancord e representou a Votorantim no Fundo Monetário.

Ligado ao mercado financeiro, o Ministro não tem grandes experiências na área da educação e, como Vélez, já disse que é preciso combater o “marxismo cultural”. Sem formação ou experiencia em gestão de politicas educacionais, ele trabalhou 18 de seus 47 anos no Banco Votorantim, onde foi de office-boy a economista-chefe e diretor. Foi demitido e seguiu para a Quest Corretora. Depois tornou-se professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

 

 

 

 

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