PUBLICADO EM 28 de jan de 2021
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Taxa de desemprego continua em 14,1% e país registra aumento na informalidade

Dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgados nesta quinta (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou estabilidade na taxa de desemprego no trimestre encerrado em novembro. A taxa ficou em 14,1%, estimando um número de 14 milhões de brasileiros desempregados.

Foto: Reprodução

O número de pessoas ocupadas aumentou e chegou a 85,6 milhões de pessoas. São 3,9 milhões de pessoas a mais do que o registrado no trimestre anterior.

A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, falou que o crescimento é explicado pelo retorno das pessoas ao mercado de trabalho após a flexibilização das medidas adotadas para o combate a pandemia e também pelo período de fim do ano com mais vagas no comércio.

“O crescimento da população ocupada é o maior de toda a série histórica. Isso mostra um avanço da ocupação após vários meses em que essa população esteve em queda. Essa expansão está ligada à volta das pessoas ao mercado que estavam fora por causa do isolamento social e ao aumento do processo de contratação do próprio período do ano, quando há uma tendência natural de crescimento da ocupação”, explica.

Nove dos dez grupos analisados tiveram aumento, mas o que sobressaiu foi o comércio que registrou 854 mil novas vagas no trimestre encerrado em novembro. O Comércio nesse trimestre, assim como no mesmo período do ano anterior, foi o setor que mais absorveu as pessoas na ocupação, causando reflexos positivos para o trabalho com carteira no setor privado que, após vários meses de queda, mostra uma reação”, ressalta.

Outro ponto importante do estudo é que a maior parte do aumento veio do mercado informal. Exemplo é o número de empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada, que teve um crescimento de 11,2%, somando agora 9,7 milhões. Com esse crescimento a taxa de informalidade chegou a 39,1% da população ocupada, representando 33,5 milhões de trabalhadores informais no país.

“Os trabalhadores informais foram os mais afetados no começo da pandemia e também foram os que mais cedo retornaram a esse mercado. A população informal nesse mês de novembro corresponde a cerca de 62% do crescimento da ocupação total e, no trimestre encerrado em outubro, respondia por quase 89% da reação da ocupação. Então, a informalidade passa a ter uma participação menor em função da reação da carteira de trabalho assinada”, explica.

com informações do IBGE

Fonte: Redação Mundo Sindical

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