
SINTETEL no maior 1º de Maio do Brasil
O SINTETEL marcou presença no Dia do Trabalhador na Praça Campo de Bagatelle, na zona norte de São Paulo. Os diretores Marcos Milanez, Maria Edna de Medeiros e demais representantes sindicais representaram a categoria dos trabalhadores em telecomunicações.
A praça foi tomada por milhares de pessoas em um grande ato unificado promovido pelas centrais sindicais brasileiras. Trabalhadores e trabalhadoras de todas as regiões da cidade, representantes de sindicatos, parlamentares e ministros do governo federal participaram da celebração que também foi, sobretudo, um grito coletivo em defesa dos direitos trabalhistas e por mais dignidade nas relações de trabalho.
Organizado pela UGT (União Geral dos Trabalhadores), Força Sindical, CTB, CSB, Nova Central e Pública, o evento marcou o retorno dos atos presenciais de 1º de Maio promovidos conjuntamente pelas centrais. O grande destaque da manifestação foi a defesa do fim da jornada de trabalho 6×1 — um modelo exaustivo e desatualizado que afeta milhões de trabalhadores brasileiros e compromete sua qualidade de vida.
Para o diretor Secretário e Regional do Vale do Paraíba do SINTETEL, Marcos Milanez:
“os avanços nas questões da redução na tabela do IRPF, o aumento do nível de emprego, a estabilização da inflação, significa, portanto, a retomada do crescimento do País. A telefonia tem contribuído muito, acompanhando os avanços tecnológicos que unem as pessoas, pois telefonia é questão de cidadania”, destaca.
Mulheres na linha de frente da luta por igualdade
A secretária Adjunta da Mulher da UGT e diretora do SINTETEL, Maria Edna de Medeiros, destacou a importância de políticas públicas voltadas para as mulheres trabalhadoras, junto à Ministra Cida Gonçalves e toda a equipe do Ministério das Mulheres. Ela enfatizou a recente aprovação da Lei de Igualdade Salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função, como um passo fundamental rumo à justiça no ambiente de trabalho.
“Não basta reconhecer o trabalho das mulheres, é preciso garantir igualdade de oportunidades, de salário e de respeito”, declarou. Reforçando a pauta do fim da escala 6×1, que o SINTETEL se soma à luta, assim como queremos ver a juventude reforçando nossa luta conquistada com muito suor e trabalho. Nossos aposentados e aposentadas também fazem parte dessa história, então devemos promover um 1º de Maio inclusivo e de valorização do presente, do passado e do futuro”, ressaltou Maria Edna.
Ricardo Patah: protagonismo da juventude e fim da escala 6×1
O presidente da UGT, Ricardo Patah, foi enfático ao defender a união das centrais sindicais como fonte de força para a preservação e ampliação de direitos. “Este ato é a prova viva de que a classe trabalhadora está pronta para enfrentar os desafios do presente e do futuro. A unidade das centrais é fundamental para barrar retrocessos e conquistar avanços”, afirmou.
Durante seu discurso, Patah reafirmou o compromisso da UGT com a campanha nacional pelo fim da escala 6×1. Para ele, trata-se de uma jornada que impede a convivência familiar e nega aos trabalhadores o direito de usufruir de momentos de lazer, descanso e autocuidado.
“O 6×1 é uma agressão à vida das pessoas. Trabalhador e trabalhadora precisam de tempo para si, para seus filhos, para seus sonhos. Não podemos aceitar uma lógica que transforma a vida em apenas trabalho”, pontuou.
Patah também destacou o impacto ainda mais cruel da escala sobre as mulheres, que enfrentam duplas ou triplas jornadas: “É desumano exigir seis dias de trabalho por semana de quem, além do emprego, ainda cuida da casa, dos filhos e da família. Precisamos repensar esse modelo e garantir mais equidade”.
Em sua fala, o presidente da UGT fez um apelo direto à juventude: “Precisamos que os jovens estejam presentes nas lutas sindicais, que conheçam as entidades que representam seus interesses. É por meio da participação que construiremos um futuro melhor, mais justo e com trabalho digno para todos.”
Presença do Governo Federal reforça diálogo social
O ato contou com a participação de três ministros do governo federal: Luiz Marinho, do Trabalho e Emprego; Márcio Macêdo, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República e Cida Gonçalves, ministra das Mulheres. A presença das autoridades reforçou o canal de diálogo entre o movimento sindical e o governo, essencial para o avanço de pautas estruturantes como igualdade salarial, combate à informalidade e valorização do trabalho formal.
Sorteio de carros e espírito de confraternização
Além das falas políticas e sindicais, o ato também celebrou a cultura popular e promoveu sorteios de carros, iniciativa que marcou o retorno dos grandes eventos das centrais com participação massiva. A festa uniu luta e celebração, reforçando o valor da união entre os trabalhadores e destacando a importância da solidariedade de classe.
Unidade que fortalece a democracia
O ato de 1º de Maio de 2025 mostrou que, mesmo diante de tantos desafios — como a precarização do trabalho, o avanço da informalidade e o impacto da tecnologia sobre o emprego —, a classe trabalhadora continua unida, mobilizada e disposta a lutar por um país mais justo e inclusivo. A unidade das centrais sindicais e o engajamento das categorias presentes apontam para um caminho de resistência e esperança.
A UGT e o SINTETEL reafirmam reafirma seu compromisso com o trabalho decente, com a valorização da mulher trabalhadora, com a juventude e com a construção de um novo modelo de jornada que respeite a vida das pessoas. O 1º de Maio é dia de festa, sim, mas também de luta — e a Praça Campo de Bagatelle foi, mais uma vez, o grande palco da cidadania e da transformação social.
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