PUBLICADO EM 12 de nov de 2020
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Setor de serviços avança 1,8%, mas ainda está 18,3% abaixo do recorde histórico

Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (12) pelo IBGE. Em relação a setembro de 2019, o setor recuou 7,2%, sua sétima taxa negativa seguida nessa comparação.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O setor de serviços cresceu 1,8% na passagem de agosto para setembro, o quarto resultado positivo consecutivo. O ganho acumulado de 13,4% nesse período, no entanto, ainda é insuficiente para compensar as perdas de 19,8% acumuladas de fevereiro a maio. Assim, o volume de serviços ainda se encontra 18,3% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014 e 8,0% abaixo de fevereiro de 2020.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (12) pelo IBGE. Em relação a setembro de 2019, o setor recuou 7,2%, sua sétima taxa negativa seguida nessa comparação. O acumulado no ano caiu 8,8% frente ao mesmo período de 2019.

Na passagem de agosto para setembro, quatro das cinco atividades pesquisadas cresceram. Apenas serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%) tiveram resultado negativo, eliminando pequena parte do ganho de 5,8% no período de junho a agosto.

Já o setor de outros serviços, que alcançou 4,8% na comparação com o mês anterior, e 6,1% no acumulado do ano, foi o único a superar o nível pré-pandemia.

“Outros serviços alcançaram o maior patamar desde outubro de 2014, refletindo a alta nos serviços financeiros e auxiliares. As empresas nesse segmento vêm obtendo incrementos de receita desde o segundo semestre de 2018 em função da redução consistente da taxa Selic, que reduziu os ganhos com a poupança e levou os agentes econômicos a buscarem alternativas mais atraentes de investimentos, sejam de renda fixa ou variável. Nesse sentido, empresas que atuam como intermediárias desse processo de captação recursos, tais como as corretoras de títulos e as administradoras de bolsas de valores, têm obtido ganhos expressivos de receita por conta da maior procura por ativos de maior rentabilidade”, comenta o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

IBGE

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