A pesquisa mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação. Dessas, 20 tiveram variações positivas em julho. A maior influência no índice veio de alimentos (0,49 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,32 p.p.), indústrias extrativas (0,27 p.p.) e metalurgia (0,27 p.p.).
Para o analista do IPP Felipe Câmara o indicador de julho foi influenciado pelas condições do comércio internacional. Ele destaca ainda os efeitos da depreciação cambial corrente, após dois meses de apreciação, que tudo o mais constante, provoca um aumento do montante em reais (R$) recebido pela venda de produtos cotados em moeda estrangeira em toda a indústria. E, destaca como, no caso dos alimentos, a alta acumulada e corrente das commodities afeta os preços da carne bovina e do açúcar.
Os aumentos correntes do preço internacional do minério de ferro e do óleo bruto afetam diretamente as indústrias extrativas, além disso, as altas acumuladas ao longo dos últimos meses pressionam os custos das atividades de metalurgia e indústria de refino. Esta última repassando o impacto dos maiores preços do óleo bruto à cadeia dos derivados do petróleo.
“Na metalurgia, temos o minério de ferro pressionando os produtos de aço, assim como os produtos de alumínio repercutindo os maiores preços do seu insumo base. O setor convive, ainda, com um movimento de recomposição de estoques na cadeia de distribuição dos produtos siderúrgicos, em função da demanda aquecida dos últimos meses que termina por pressionar o preço industrial deste grupo econômico”, completa o analista do IPP.
Em relação às grandes categorias, a influência sobre o IPP (1,94%) foi de 2,14% em bens de capital; 1,90% em bens intermediários; e 1,98% em bens de consumo, sendo que 0,76% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 2,22% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
Fonte IBGE
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