PUBLICADO EM 14 de maio de 2019
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Entidades religiosas realizam vigília nesta terça contra a reforma da Previdência

Sônia Motta diz que a ação quer unidade entre as diferentes identidades religiosas em favor dos direitos do povo / Foto: Arquivo

O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) realiza, nesta terça-feira (14), a Vigília Nacional contra a “reforma” da Previdência. A ação será realizada em Fortaleza, Salvador e Distrito Federal, em conjunto com a Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese) e a Cáritas Brasileira.

Romi Márcia Bencke, pastora da Igreja Evangélica Luterana do Brasil e secretária-geral do Conic, destaca que um dos pontos que a vigília pretende denunciar é a falta de transparência de proposta, que ela classifica como a privatização da aposentadoria.

“Essa reforma do Bolsonaro vai atingir as pessoas de baixa renda. Outro aspecto problemático é a capitalização da Previdência, que tem pouca transparência no processo e não apresenta os impactos que virão”, disse à repórter Ana Rosa Carrara, da Rádio Brasil Atual.

A ideia da vigília é que igrejas, comunidades de fé, sindicatos e movimentos sociais saiam às ruas para dizer “não” à proposta do governo Jair Bolsonaro. Alessandra Miranda, da coordenação da Cáritas Brasileira, lembra que as igrejas, historicamente, estão na linha de frente das mobilizações populares.

“A igreja tem o papel de organizar as pessoas a partir da fé e política. Ou seja, nós temos o dever de mobilizar os fieis para que atuem na política de maneira transformadora”, afirmou Alessandra.

A ação, que faz parte da Campanha Nacional contra a reforma da Previdência, também quer unidade entre as diferentes identidades religiosas em favor dos direitos do povo, aponta Sônia Motta, pastora da Igreja Presbiteriana Unida e diretora executiva da Cese.

“Quem é de fé defende a vida, a paz e o diálogo, independentemente da religião. Todos estarem unidos nessa caminhada será um testemunho de que a nossa fé estará firmada na defesa dos nossos direitos”, explicou.

A pastora Romi diz ainda que as entidades que organizam a ação se comprometeram a apoiar a greve nacional da educação. “A nossa vigília vamos estabelecer três compromissos e um deles é o apoio àparalisação da Educação, além da greve geral do dia 14 de junho”, finalizou.

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