PUBLICADO EM 09 de abr de 2020
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Coronavírus pode acabar com 195 milhões de empregos no mundo, diz OIT

Diante de uma crise sem precedentes intensificada pelo bloqueio de boa parte do comércio e movimentação no mundo, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) prevê que a pandemia do novo coronavírus acabe com até 195 milhões de empregos.

Milhões de trabalhadores estão vulneráveis, sobretudo no setor informal da economia, a perdas de renda e demissões

Esse número era bem menor há três semanas, quando a organização estimou uma perda da ordem de 25 milhões de empregos, caso os governos não agissem rapidamente para proteger os trabalhadores do impacto da pandemia.

Desde então, os países têm corrido para injetar liquidez nos mercados e implementar medidas fiscais e monetárias, mas a parte mais sensível da economia, os empregos, já mostram movimento de queda.

O número de horas trabalhadas tem caído com mais força desde o dia primeiro de abril, de acordo com a OIT, e deve registrar um recuo de 6,7% no segundo trimestre de 2020, segundo estimativas da organização, o que equivale a esses 195 milhões de trabalhadores em tempo integral.

“Empresas de vários setores econômicos estão enfrentando perdas catastróficas, que ameaçam sua operações e sua solvência, especialmente as menores. Enquanto isso, milhões de trabalhadores estão vulneráveis, sobretudo no setor informal da economia, a perdas de renda e demissões”, diz a OIT em relatório divulgado nesta terça-feira, 7.

A entidade defende o uso de recursos públicos, embora de forma limitada, para incentivar a retenção de empregos: “Particularmente nos países de baixa e média renda, os setores mais afetados têm uma alta proporção de trabalhadores informais ou com acesso limitado a serviços de saúde e proteção social. Sem medidas políticas apropriadas, eles enfrentam um alto risco de cair na pobreza e terão maiores desafios para recuperar seus meios de subsistência”, diz.

A organização ressalta que a contagem final das perdas anuais de empregos dependerá da evolução da pandemia e das medidas para mitigar seu impacto.

Fonte: Exame.com

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