PUBLICADO EM 20 de jul de 2022
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Ser ou não ser uma republiqueta de bananas: eis a questão!

Como candidato à reeleição e não tendo o que efetivamente mostrar ao eleitorado em termos de realizações, pois até este momento o que houve foi só destruição, abandono e miséria (apenas os muitos ricos continuam a ganhar), Bolsonaro joga para desacreditar o sistema eleitoral via urnas eletrônicas e até justificar um golpe de Estado.

A reunião de segunda-feira, 18/7, com embaixadores de diversas nações e com as quais o Brasil mantém relações diplomáticas, foi na minha modesta avaliação um tiro no pé em termos de negatividade para seu (des) governo e o país que aceita calado mais esta agressão à democracia já cambaleante.

Por ter destratado o Poder Judiciário e ameaçado com golpe, caso perca as eleições de outubro, tal atitude representa uma grave traição nacional por parte de quem, ao assumir o cargo que hoje ocupa, jurou “Manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro…”.

Nada disso Bolsonaro tem respeitado e/ou cumprido. Ao contrário, sua postura golpista, entreguista, odienta e fascista aponta em outra direção.

A cada dia uma nova agressão sempre mais ameaçadora do que a anterior diante de uma sociedade e instituições apáticas que fingem ignorar o risco que isto representa ao Brasil hoje visto com desconfiança e perda de respeito aos olhos do mundo. Ainda mais agora após esse malfadado encontro com embaixadores estrangeiros.

A repercussão internacional negativa desta ação nefasta calcada em acusações sem provas, ou seja, em mentiras, tal como é característica de Jair Bolsonaro e seus seguidores, nos empurram cada dia mais para o isolamento na relação com outros países deixando a sensação de que, não obstante o esforço de gerações na construção de um país democrático e de uma imagem positiva perante o mundo, não passamos de uma republiqueta de bananas.

Mudar esta imagem e a nossa situação econômica, social e política interna passam neste momento pela eleição de Lula da Silva a presidente da República.

Sendo assim, as lutas em curso é que irão determinar se o caminho a ser trilhado a partir de 2023 será o do desenvolvimento com democracia, soberania e justiça social, ou se o Brasil seguirá com o plano da elite golpista e de seu executor, o bolsonarismo abjeto, consolidando a imagem de que de fato somos uma republiqueta de bananas.

José Raimundo de Oliveira é historiador, educador e ativista social.

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