PUBLICADO EM 11 de set de 2019
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O PEER e os engenheiros

O sindicato dos engenheiros de São Paulo convidou o ex-ministro Aloízio Mercadante para apresentar aos seus diretores o Programa Emergencial de Emprego e Renda elaborado por ele e um grupo de economistas do PT, da Unicamp e do Dieese.

O sindicato dos engenheiros de São Paulo convidou o ex-ministro Aloízio Mercadante para apresentar aos seus diretores o Programa Emergencial de Emprego e Renda (PEER), elaborado por ele e um grupo de economistas do PT, da Unicamp e do Dieese.
Com grande elegância e eloquência Mercadante desempenhou-se da tarefa explicando de maneira convincente os fundamentos desta proposta emergencial: onde buscar recursos estatais para o projeto, em que direção encaminhá-lo e com que abrangência, qual o papel dos empresários e das empresas e como ele – apesar de sua emergência necessária – precisa se adequar a um procedimento mais amplo capaz de furar a bolha do pensamento único fiscalista e rentista que trava a economia.
Mercadante apelou também para a participação ampla de um conjunto de entidades (valorizando sobremodo a participação das entidades representativas dos engenheiros) capazes de, ao apoiar, criar um sentimento social de urgência no enfrentamento e solução, ainda que parcial e cumulativa do grave problema do desemprego.
Os engenheiros e o presidente Murilo Pinheiro reconheceram a pertinência do PEER e demonstraram como as preocupações emergenciais se casam com as experiências e iniciativas do projeto Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento que o Seesp, os demais sindicatos e a Federação Nacional dos Engenheiros vêm desenvolvendo desde 2006.
Ficou estabelecido, por mútua e abrangente compreensão, que as entidades dos engenheiros podem e devem participar ativamente no esforço coletivo – socialmente necessário e politicamente possível – para a retomada do desenvolvimento econômico e em primeiro e urgentíssimo lugar para a criação de empregos com iniciativas capazes de gerar um verdadeiro mutirão nacional envolvendo entidades sindicais e sociais representativas, a Academia, as instituições empresariais e os partidos políticos capazes de valorizar o problema e apresentar soluções.

João Guilherme Vargas Netto é consultor sindical

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