PUBLICADO EM 29 de mar de 2018

O demônio e o burro

Juruna

Muitas vezes parábolas nos ajudam a entender uma situação difícil. É o caso desta histórinha, que recebi de um amigo. Ela diz muito sobre a conjuntura atual onde um pequeno fato pode desencadear uma crise política insustentável.

Eis a parábola:

Havia um burro amarrado a uma árvore.

O demônio veio e o soltou.

O burro entrou na horta dos camponês vizinho e começou a comer tudo.

A mulher do camponês dono da horta, quando viu aquilo, pegou o rifle e disparou.

O dono do burro ouviu o disparo, saiu, viu o burro morto, ficou enraivecido, também pegou seu rifle e atirou contra a mulher do camponês.

Ao voltar para casa, o camponês encontrou a mulher morta e matou o dono do burro.

Os filhos do dono do burro, ao ver o pai morto, queimaram a fazenda do camponês.

O camponês, em represália, os matou.

Aí perguntaram ao demônio o que ele havia feito e ele respondeu: – “Não fiz nada, só soltei o burro”.

Conclusão: Se você quiser destruir um país, solte os burros!

A ignorância (desconhecimento) é a pior praga para um país. O demônio sabe disso e as elites também.

João Carlos Gonçalves, Juruna, metalúrgico, secretário geral da Força Sindical, vice presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi.

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