PUBLICADO EM 07 de mar de 2018
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Espaços de organização, mobilização e cultura

Creio que o debate sobre espaços poderão ser, não apenas para uma categoria, mas para todos os sindicatos filiados à nossa central, a exemplo de cidades como Manaus-AM, Itajaí-SC e Lajes-SC. Com isso o custo poderia ser compartilhado e, em muitos casos, as atividades poderiam ser inter-categorias, como cursos de cipeiros, formação de militantes sindicais, debates sobre questões sociais e até mesmo atividades de lazer e sociais.

Juruna

Até meados dos anos de 1990 o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo tinha subsedes em todas as regiões que abrange. A proximidade das fábricas facilitava nossas atividades, pois conseguíamos atingir mais pessoas. Ao longo do tempo estas subsedes foram fechadas por razões financeiras resultantes da diminuição de base. Aliás, não só o dos metalúrgicos, mas várias categorias tiveram que fechar seus espaços espalhados pela cidade.

Hoje, voltamos ao debate sobre como buscar solução para as dificuldades financeiras que nos foi imposto pelas mudanças na legislação trabalhista, no sistema de arrecadação de financiamento das entidades. Seria possível sedes estarem no mesmo prédio? Como fazer isso? E colônias de férias poderiam ser abertas a outras categorias? Como contratar empresas de refeições para um conjunto de colônias? E distribuição de material em portas de fábricas, poderiam ser conjuntas?

Creio que o debate sobre espaços poderão ser, não apenas para uma categoria, mas para todos os sindicatos filiados à nossa central, a exemplo de cidades como Manaus-AM, Itajaí-SC e Lajes-SC. Com isso o custo poderia ser compartilhado e, em muitos casos, as atividades poderiam ser inter-categorias, como cursos de cipeiros, formação de militantes sindicais, debates sobre questões sociais e até mesmo atividades de lazer e sociais.

Por exemplo: na cidade de São Paulo a Força Sindical congrega a maioria das categorias profissionais: metalúrgicos, costureiras, construção civil, trabalhadores da alimentação, telefônicos, gráficos, têxteis, frentistas, vigilantes trabalhadores em condomínio…

Creio que na maioria das vezes, as dificuldades podem também nos empurrar para soluções que podem melhorar nossa ação, mobilização e organização. Mesmo com todos os defeitos e prejuízos que a mudança da legislação nos impõe, busca de alternativas se fazem necessárias, para adaptação e claro, futuros enfrentamentos, com força e unidade.

Experiências como essas foram desenvolvidas pelos anarquistas no início do século XX. Um espaço compartilhado que poderá somar esforços e diminuir o custo da ação sindical, fortalecendo a visão de classe dos trabalhadores envolvidos.

João Carlos Gonçalves, Juruna, metalúrgico, secretário geral da Força Sindical, vice presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi.

 

 

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  • Jose Eduardo Goncalves Silva

    Eu concordo com a fusão dos beneficio mas os direitos dos trabalhadores deverá ser diferentes.

  • Márcio Villalva

    Juruna, concordo com a fusão no que tange os benefícios, agora, precisamos evoluir na fusão em defesa dos direitos dos trabalhadores e aí vc tem sob sua responsabilidade em manter a unidade entre as centrais, assim como vc vem fazendo…
    Abraço

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