PUBLICADO EM 03 de fev de 2025
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Colunista: Elias Diviza

A síndrome

Elias Diviza - bonecpAs recentes notícias referentes ao agora empossado presidente estadunidense, Donald Trump, são chocantes. Mas nada que não estivéssemos preparados.

Seus ataques histéricos contra a comunidade LGBTQIA+, contra imigrantes, contra povos latino-americanos, querendo anexar territórios. Tudo isso choca, mas surpreende um total de zero pessoas.

Mas quero lembrar aqui dos brasileiros que acham isso bonito e apoiam tais ideias. Estes mesmos brasileiros, claramente, não são bem-vindos nos Estados Unidos. E aí eu me pergunto: por que apoiar um absurdo desses?

O visto não será mais facilitado. A permanência no país ianque tampouco. A xenofobia agora não precisa ser escondida, afinal, o líder da nação vocifera ataques xenofóbicos.

Com tudo isso, só consigo me lembrar da passagem da música de Cazuza. “São caboclos querendo ser ingleses”. Seria uma música a frente de seu tempo? Ou será que sempre tivemos essa síndrome de nos sentirmos inferiores querendo ser superiores?

Luz no fim do túnel

Apesar disso, o Brasil ganha força na política global. Sua participação essencial no BRICS, bem como suas metas propostas para este ano em que ocupa a presidência do bloco, mostram que ainda há esperanças.

Se por um lado Donald Trump diz não precisar de brasileiros, outros parceiros comerciais precisam e reconhecem isso. E o grande pulo do gato é esse: o Brasil foi quem sugeriu a criação de uma moeda internacional para fazer comércio com outros países, sem depender do Dólar.

No final, veremos quem depende de quem. Até lá, ficamos alertas, pois a eleição de Donald Trump evidencia o avanço da extrema-direita, que pode ser prejudicial para nosso Brasil na próxima eleição.

Elias Diviza
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios de São Paulo (Sintect-SP) e vice-presidente da Federação Interestadual (FINDECT)

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